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sexta-feira, 29 de março de 2024

OMS diz que 500 pessoas foram feridas em supostos ataques químicos na Síria

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11/04/2018 10h30

Organização Mundial da Saúde está profundamente alarmada com situação na cidade de Duma, em Ghouta Oriental; Conselho de Segurança debateu tema na terça-feira, mas deixou de adotar três resoluções sobre o assunto.

Fonte: ONU News

A Síria registrou a morte de mais de 70 pessoas em Duma, que estavam abrigadas em porões. Desses óbitos, 43 foram causados por sintomas associados à contaminação com a armas químicas.

A informação consta de um comunicado da Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgado nesta quarta-feira. A agência da ONU baseia-se em notificações recebidas de parceiros de um grupo de saúde após um ataque, realizado no sábado, em Duma, perto da capital síria Damasco.

Resolução
A OMS informou que 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos.

Os pacientes tinham irritação das membranas mucosas, falhas respiratórias e descontrole do sistema nervoso. Dois postos de saúde também foram afetados pelos ataques químicos.

A OMS lembrou a todos os envolvidos na guerra na Síria que a resolução 2286 do Conselho de Segurança proíbe instalações de saúde de serem atacadas.

O vice-diretor-geral da agência para Preparação e Resposta de Emergência, Peter Salama, disse que todos deveriam estar indignados com os terríveis relatos e imagens de Duma.

Conselho de Segurança
A OMS está providenciando medicamentos e material de proteção além de apoio psicológico para os afetados. Outros serviços como vacinas, tratamento pré-natal e de vigilância de saúde estão sendo colocados à disposição dos moradores de Ghouta Oriental.

O suposto ataque com armas químicas em Duma foi o tema de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, na tarde de terça-feira, em Nova Iorque.

Após três votações de textos de resolução sobre o tema, o Conselho não conseguiu consenso para aprovar nenhum documento

O Conselho votou primeiro a resolução proposta pelos Estados Unidos, que pretendia criar um novo mecanismo independente para investigar o ataque e apurar responsabilidades.

O texto teve 12 votos a favor. A Bolívia votou contra, junto com a Rússia, que tem poder de veto. A China absteve-se.

Investigação

A segunda resolução, proposta pela Rússia, também pedia uma investigação sobre o caso, mas solicitava que o resultado fosse apresentado ao Conselho de Segurança, que deveria decidir sobre o responsável.

Esta proposta teve apenas seis votos favoráveis. Sete Estados-membros votaram contra, incluindo os Estados Unidos. Dois países abstiveram-se.

O objetivo das duas resoluções era criar um substituto para o Mecanismo de Investigação Conjunto ONU e Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, na Síria. O mandato deste mecanismo expirou em novembro do ano passado e o Conselho de Segurança não aprovou a sua renovação.

Um terceiro texto, proposto também pela Rússia, pedia que fosse enviada uma missão da Opaq para o terreno.

O texto também não reuniu apoio suficiente, tendo cinco países votado contra, quatro a favor, e seis abstendo-se.

Esta mãe é uma deslocada interna síria e sua família foi forçada a fugir devido aos bombardeios em Ghouta Oriental

Nikki Haley (na tela), embaixadora dos Estados Unidos na ONU, durante reunião do Conselho de Segurança

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