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Em menos de 4 meses, MS registra 135 homicídios e 11 feminicídios

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16/04/2018 09h15

Em menos de 4 meses, MS registra 135 homicídios e 11 feminicídios

Registros de feminicídio aumentaram de 1 para 11, em três anos

Fonte: Correio do Estado / Luana Rodrigues

Nos 105 dias de 2018, Mato Grosso doSul registrou 135 homicídios dolosos e 11 feminicídios – assassinato de mulheres por motivo de gênero, derivado geralmente do ódio, desprezo ou sentimento de propriedade sobre elas. Os dados são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) e significam, pelo menos, uma morte a cada 17 horas.

Apesar de alarmante, o número de homicídios dolosos é menor que o registrado nos últimos três anos. De acordo com as estatísticas da Sejusp, em 2015, o Estado registrou 185 assassinatos dolosos. Em 2016 foram 20 homicídios a menos, com 168 registros. E no ano passado, a queda foi ainda mais acentuada, 150 homicídios.

No entanto, os registros de feminicídio aumentaram. Era apenas um em 2015, subiu para sete em 2016, se manteve em sete em 2017 e aumentou para 11 no ano de 2018.

Um dos casos deste ano foi na cidade de Três Lagoas e completou 90 dias no último sábado (14), com o inquérito ainda inconcluso. No dia 14 de janeiro, a produtora rural Halley Coimbra Ribeiro Junqueira foi morta com três tiros disparados pelo ex-marido, o engenheiro Renato Bastos Otoni, de 62 anos. O crime foi dentro da casa da família, no bairro Santa Júlia, zona Norte da cidade.

A mulher foi surpreendida pelo assassino e morta pelas costas, quando retirava água da geladeira. Otoni foi visto por uma filha de Halley, quando fugia do local. Na residência também estavam duas filhas pequenas do casal. Dois dias depois, o corpo dele foi encontrado dentro de um carro abandonado numa estrada de terra, em Castilho (SP). A polícia apontou suicídio.

A morte de Otoni comprometeu o encerramento do inquérito, porque a investigação foi iniciada pela Polícia Civil paulista. De lá deve ser enviado o laudo do possível suicídio e o exame da arma encontrada no banco do carro do suspeito, que pode ter sido a mesma usada no assassinato de Halley.

As três peças devem ser juntadas ao inquérito, para conclusão, antes do envio ao Ministério Público.

Sepultamento de Halley Coimbra em Três Lagoas - Foto: Aurora Villalba/Hoje Mais

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