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Criminosos têm fácil acesso a armas não letais na fronteira do Brasil

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Armas que até agora foram usadas pela polícia estão chamando a atenção de criminosos da fronteira na prática de assaltos e de outros crimes. Segundo informações das forças policiais que atuam na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, é cada vez mais comum o uso de armas não letais como a de choque. No Brasil o uso dessa arma é restrito, mas a facilidade de compra no país vizinho está causando polêmica.

No centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil em Ponta Porã (MS), as armas de choque podem ser encontradas com facilidade. O equipamento, que no Brasil é de uso restrito, no Paraguai, é comercializado livremente.

Segundo a legislação paraguaia, armas de choque não são consideradas ilegais, tanto para a venda, quanto para uso pessoal. O promotor paraguaio, Juan Carlos Blanco Ramires, diz que a utilização desse aparelho é comum no país vizinho.

“Não existe nenhuma ilegalidade atualmente na venda de arma de choque. A lei proíbe apenas arma de fogo e munições, proíbe apenas essas que podem ser utilizadas como armas letais”, explica o promotor.

Se do outro lado da fronteira a comercialização é legal, no Brasil apenas pessoas com treinamento especializado podem utilizar o equipamento. A fiscalização é feita pelo Exército e pela Polícia Federal.

“Ela incorre no crime de porte ilegal de arma e cai na legislação comum de um crime comum. Dentro da nossa legislação nós fazemos a distinção entre dois subprodutos. O produto de uso controlado, que seria o produto de uso restrito e o produto de uso permitido. O gás de pimenta e arma de choque entrariam nesta situação de uso restrito sendo proibido para a população civil e permitido apenas para os órgãos de segurança pública, as forças armas e as firmas de seguranças devidamente cadastradas pelo Exército”, explica o major Risdem, chefe da Superintendência Federal da Polícia Civil.

No entanto, o que vem preocupando as autoridades policiais que atuam na região, é que os criminosos passaram a usar esse tipo de arma para intimidas as vítimas, principalmente em assaltos.

“Nós temos visto que as pessoas tem adquirido até mesmo pela facilidade que tem no país vizinho e temos nos atentado para a questão da utilização para saber com qual finalidade a pessoa pretende usar o equipamento”, afirma o capitão da Polícia Militar, Edson Guardiano.

O cardiologista César Cáceres alerta que o choque pode causar riscos a saúde e deixar sequelas graves. “O choque elétrico no organismo pode causar uma alteração no ritmo do coração. O paciente também corre o risco de ter uma parada cardíaca e por consequência ter sequelas cerebrais por falta de oxigenação”, afirma o médico.

A explicação está justamente na descarga elétrica que o aparelho produz.

“A diferença é que a arma de choque utilizada pela Polícia Militar é que ela possui um choque dentro da frequência cerebral. È muito diferente desse choque que vem da energia elétrica da tomada. Já essa arma do Paraguai pode causar desde uma dor no local, até queimadura e óbito”, afirma o capitão Edson.

Fonte: TV Morena

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