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Ibama acha ‘floresta fantasma’ usada em fraude de madeireiras

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23/07/2011 08h37 – Atualizado em 23/07/2011 08h37

Instituto Humanistas Unisinos

Uma operação do Ibama descobriu uma área de floresta amazônica com “árvores-fantasmas” supostamente usadas para “esquentar” a extração ilegal de madeira.

Madeireiras do Amazonas e do Pará são investigadas pela Polícia Federal por usar documentos de plano de manejo florestal sustentável para ocultar a suposta extração ilegal de 11,8 mil m³ de madeira entre 2007 e 2008.

A manobra foi descoberta em junho, quando fiscais encontraram em pé todas as árvores do projeto, que já tinha emitido documentos atestando a exploração da madeira do plano, controlado pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas).

As árvores da propriedade, localizada nas margens do rio Jamari, em Apuí (sul do Amazonas), ainda apresentam as placas do inventário florestal que controla a extração.

“Não existem pátios de estocagem, estradas, trilhas de arraste ou clareiras abertas, é um plano de manejo fantasma”, diz relatório do Ibama, obtido pela Folha.

O órgão diz que, com a manobra, os madeireiros comercializaram madeira com origem desconhecida, proveniente de desmatamento ilegal. Isso caracteriza crimes contra a flora e fraude em documentação pública.

O Ibama multou em R$ 7 milhões o fazendeiro Paulo Roberto Resende, o engenheiro Haroldo Bastos da Costa e oito empresas. A Folha não os localizou para comentar.

O Ipaam disse que bloqueou emissão de documento de origem florestal de Resende após ser notificado do caso pelo Ibama.

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