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PF indicia professor e funcionário por vazamento no Enem

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18/01/2012 07h50 – Atualizado em 18/01/2012 07h50

Fonte: Brasil 247

A Polícia Federal (PF) indiciou um professor e um funcionário do Colégio Christus, de Fortaleza pelo vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Por meio de uma apostila distribuída pela escola, os alunos tiveram acesso antecipado a 14 questões que foram cobradas na prova de outubro. O inquérito concluído pela PF na última sexta-feira (13) confirmou que os itens vazaram da fase de pré-teste da qual a escola cearense participou, em 2010.

Um funcionário da escola foi contratado pela Cesgranrio, consórcio responsável pelo Enem, para trabalhar na aplicação do pré-teste. Ele teve acesso aos cadernos de prova e teria sido o responsável por copiar as questões. A Polícia Federal não divulgou se ele roubou o caderno ou apenas copiou parte do material. Já o professor foi o responsável por distribuir aos alunos a apostila que continha os itens aplicados no pré-teste. Os dois foram indiciados pelo crime de estelionato e o inquérito está agora com o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE).

A prova do Enem é composta por questões que integram um banco de itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Antes de entrar para esse banco, cada questão passa por um pré-teste, que avalia se o item é válido e qual é o grau de dificuldade. Os alunos que participam do pré-teste são escolhidos aleatoriamente e, após responder ao caderno de questões, devolvem o material a que deve ser incinerado.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), 91 alunos do Christus participaram do pré-teste em 2010 e as questões foram copiadas de dois dos 32 cadernos de prova aplicados na escola.

Mais de mil alunos do colégio e do cursinho pré-vestibular mantido pela instituição tiveram as catorze questões do Enem anuladas.

Após a confirmação pela PF do envolvimento de dois funcionários do Christus no vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, a diretoria da escola divulgou nota declarando que confia “na honestidade e na lisura” dos funcionários. O estabelecimento informou que aguarda uma “posição equilibrada e isenta do Ministério Público Federal a respeito dos fatos”.

Na nota, a diretoria do colégio acrescentou que as notícias do indiciamento “expressam apenas a opinião da autoridade investigadora [a PF]” e espera que na análise do MPF “prevaleçam a verdade e a justiça”.

Após a notícia do indiciamento, o MEC disse, em nota, que espera que “todos que atentaram contra o Enem sejam punidos exemplarmente”.

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