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Na prorrogação, Bélgica faz 2 x 1 nos EUA e vai às quartas de final da Copa

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02/07/2014 07h49 – Atualizado em 02/07/2014 07h49

Fonte: Portal da Copa

A Bélgica venceu os Estados Unidos por 2 x 1 na prorrogação e avançou para as quartas de final da Copa do Mundo da FIFA 2014. A partida foi disputada nesta terça-feira (01.07), na Arena Fonte Nova, em Salvador, e contou com a presença de 51.227, recorde do estádio no Mundial. Com o resultado, a equipe europeia vai ter pela frente a Argentina nas quartas de final. O duelo será disputado no próximo sábado, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Emocionante até o último segundo, o jogo teve como principais personagens o goleiro Howard, que teve uma partida brilhante e foi eleito o melhor em campo, e o atacante Lukaku, que saiu do banco de reservas para ser decisivo. O camisa 1 dos Estados Unidos entrou para a história ao efetuar 16 defesas na partida, o maior número em todas as edições da Copa. Ele superou o goleiro Quiroga, do Peru, que fez 13 defesas em 1978 no 0 x 0 contra a Holanda.

Os belgas pressionaram muito durante os 90 minutos iniciais, mas a atuação do camisa 1 norte-americano levou o duelo para a prorrogação. No total, foram 38 chutes a gol dos europeus, contra 14 dos ianques. Quando finalmente conseguiram vencer Howard e abrir 2 x 0, os Diabos Vermelhos viram uma reação incrível dos norte-americanos, que diminuíram já no segundo tempo da prorrogação e exerceram grande pressão até os últimos segundos do confronto. No fim, as duas seleções saíram muito aplaudidas pelos torcedores.

Primeiro tempo

A primeira chance de gol da partida surgiu com menos de um minuto de bola rolando. O atacante Origi recebeu bom passe em profundidade, invadiu a área e bateu cruzado. O goleiro Tim Howard defendeu com o pé direito. O ímpeto inicial diminuiu nos minutos seguintes. As duas equipes optaram por focar primeiro na defesa, tentando sair sempre em velocidade nos contra-ataques, mas sem muito perigo.

Aos 15 minutos, o jogo foi interrompido rapidamente por causa da invasão de um torcedor norte-americano. Sob muitas vaias da torcida, ele passeou pelo gramado, cumprimentou alguns atletas e foi retirado para que a partida prosseguisse.

Só aos 20 minutos saiu o primeiro ataque perigoso dos Estados Unidos. Bradley tabelou com Dempsey e entrou na área. A bola foi afastada e sobrou para o camisa 8, que chutou de esquerda, mas Courtois bem posicionado segurou sem problemas.

Dois minutos depois, a Bélgica desperdiçou uma chance incrível. Jones perdeu a bola no meio e armou o contra-ataque belga. De Bruyne recebeu pela esquerda e cortou a marcação. Na hora de chutar, frente a frente com Howard, o camisa 7 pegou muito mal na bola, jogando pra fora. Aos 25, Vertonghen recebeu lindo passe de Hazard e cruzou para o meio da área, mas Beasley afastou o perigo.

Enquanto isso, nas arquibancadas, norte-americanos, belgas e brasileiros tentavam puxar a famosa “ôla”. Um dos responsáveis era um torcedor dos Estados Unidos fantasiado de Marilyn Monroe.

Os belgas rondavam a área dos norte-americanos, mas não conseguiam finalizar com perigo. Enquanto isso, os EUA tentavam armar o bote no contra-ataque. Aos 40 minutos, Bradley iniciou boa jogada encontrando Yedlin na direita. O lateral tocou no meio da área para Zusi, mas o meia furou na hora de chutar, perdendo boa chance de abrir o placar. Aos 45, o último lance perigoso do primeiro tempo. De Bruyne tentou bater colocado da intermediária, mas Howard segurou sem dar rebote.

Segundo tempo

A Bélgica começou assustando novamente. Com 2 minutos, bola levantada na área e finalização de cabeça de Mertens. A bola foi fraca, mas quase encobriu o goleiro Howard, que teve que desviar para escanteio. Os europeus encurralaram os norte-americanos no campo de defesa, trocando passes na entrada da área. As finalizações, no entanto, seguiam sem perigo para Howard.

Aos 9 minutos, mais uma grande oportunidade de gol para os belgas. Vertonghen apareceu de novo pela esquerda e cruzou rasteiro para a área. A bola passou por De Bruyne e pelo atacante Origi, ambos na cara do gol. No minuto seguinte, Origi conseguiu completar cruzamento, mas o cabeceio do atacante parou no travessão.

Pressionando muito, os belgas tiveram duas chances seguidas aos 11 minutos, ambas com Vertonghen. Na primeira, ele invadiu a área e bateu cruzado. Howard salvou com o pé. Na segunda, ele finalizou de primeira um cruzamento da direita, mas a bola passou por cima do gol.

A seleção europeia chegava cada vez mais perto do gol. Origi conseguiu grande jogada individual pela esquerda e achou Mertens na pequena área. O camisa 14 tentou de letra e a bola passou muito perto da trave direita dos norte-americanos. Aos 24 minutos, o volante Witsel dominou bola na intermediária e bateu de fora da área, assustando Howard.

Aos 25, Mirallas fez linda jogada individual, mas perdeu a bola quando entrava na área. O corte sobrou nos pés de Origi, que bateu rasteiro e obrigou o goleiro norte-americano a fazer outra defesa com os pés.

Principal jogador dos Estados Unidos, Dempsey recuou para o meio com a entrada do atacante Wondolowski. Aos 29 minutos, ele avançou pelo meio e bateu de esquerda de fora da área, obrigando Courtois a trabalhar praticamente pela primeira vez na segunda etapa.

A Bélgica respondeu no minuto seguinte. Origi achou Miralas nas costas da defesa, o atacante apareceu na frente de Howard e bateu cruzado de esquerda, mas o goleiro dos Estados Unidos salvou sua seleção mais uma vez com os pés.

Aos 34 minutos, Howard trabalhou de novo. Desta vez em chute de Hazard, que aproveitou sobra de cruzamento pela direita e bateu colocado de dentro da área. O goleiro norte-americano, desta vez com as mãos, espalmou e afastou o perigo mais uma vez. Origi tentou de novo aos 39, mas o camisa 1 dos EUA, inspiradíssimo, espalmou para escanteio mais uma vez. Hazard tentou de novo aos 42, mas o chute de canhota pegou na rede pelo lado de fora.

Aos 44 minutos, Origi teve mais uma chance de fazer o gol. A finalização após cruzamento de Bruyne saiu esquisita, mas ainda assim obrigou Howard a salvar os norte-americanos mais uma vez na partida.

Prorrogação

Os Estados Unidos mudaram a postura no tempo extra. Com mais posse de bola, passaram a atacar mais. Mas o tiro saiu pela culatra. Mais fechada, a Bélgica finalmente chegou ao gol que tanto tentou no primeiro contra-ataque que encaixou. Lukaku ganhou a jogada pela direita e tocou no meio, a bola sobrou com De Bruyne, que limpou a marcação e bateu rasteiro, cruzado, vencendo Howard.

O gol obrigou os norte-americanos a atacar ainda mais, abrindo mais espaço para os belgas. Aos 6 minutos, Lukaku recebeu pela esquerda e bateu cruzado, mas Howard defendeu. Aos 10, o lance praticamente se repetiu, com Lukaku finalizando de novo e o goleiro segurando mais uma vez. Miralas também teve grande chance aos 13, quando invadiu a área e bateu rasteiro na saída do camisa 1, que evitou o gol.

O contragolpe tão ensaiado com Lukaku deu certo na terceira vez. De Bruyne recebeu pela esquerda, esperou a movimentação do camisa 9 e rolou na medida. A finalização de esquerda, dessa vez, não ficou no goleiro, balançando a rede.

Quando tudo parecia perdido, os Estados Unidos conseguiram diminuir a vantagem dos belgas. Bradley encontrou Green, que tinha acabado de entrar, com belo lançamento. O meia invadiu a área e bateu antes de a bola cair, marcando um belo gol na Fonte Nova. Logo depois, Jones quase empatou em finalização de dentro da área. A bola passou perto da trave de Courtois, que só olhou.

Empurrados pela torcida, os norte-americanos foram com tudo em busca do empate. Mas foi Lukaku que teve grande chance de fazer mais um gol. Ele recebeu no mano a mano contra a defesa, cortou a marcação e bateu cruzado. Howard bloqueou o chute com os pés.

Aos 8 minutos do segundo tempo da prorrogação, Courtois evitou o empate dos EUA. Em jogada ensaiada, Bradley rolou para Dempsey, que achou Wondolowski na cara do gol. Ele tentou tocar por cima do goleiro belga, que conseguiu defender e evitar a igualdade no placar. Os norte-americanos pressionaram até o fim, jogaram a bola na área, mas a defesa belga se segurou, assegurando a vaga nas quartas de final para enfrentar a Argentina.

Belgas já pensam na Argentina

Classificada para as quartas de final da Copa do Mundo da FIFA pela segunda vez na história, a Bélgica já projeta o duelo contra a favorita Argentina na próxima fase. O técnico Marc Wilmots falou sobre o próximo compromisso dos europeus, admitindo que os argentinos são os favoritos e falando sobre Messi.

“Não somos favoritos, mas estamos nas quartas de final e queremos avançar”, avisou. “Não vamos ficar de olho no Messi. Vamos olhar a equipe deles como um todo. A Suíça foi muito bem contra eles. Nós estamos muito bem, não sei como eles vão se adaptar ao nosso jogo”, comentou Wilmots.

Nos Estados Unidos, o clima era de tristeza pela eliminação, mas o sentimento era de dever cumprido. O meia Jones falou sobre o desempenho da seleção no Mundial com orgulho.

“Ninguém acreditava em nós nessa Copa. Tivemos que lutar para mostrar que temos uma boa equipe. No segundo tempo da prorrogação nós mandamos no jogo, tivemos várias chances de empatar. Podemos sair orgulhosos”, afirmou ele, dizendo que a equipe faria uma “pequena festa” no hotel esta noite.

O jogador também destacou a atuação histórica do goleiro Howard na partida. “Nós confiamos no Tim. Sabemos que ele está lá quando precisamos e hoje foi assim”, resumiu.

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