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Bancários de Amambai continuam em greve

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01/10/2014 13h29 – Atualizado em 01/10/2014 13h29

Fonte: Da Redação

Amambai (MS) – Ainda sem novas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as agências bancarias dos municípios de Amambai e região continuam com as portas fechadas e não prestando atendimento direto e pessoal a população. Apenas o serviço de autoatendimento está funcionando.

Como o acordo coletivo não foi firmado, o Sindicato dos Bancários de Ponta Porã e região (Amambai, Laguna Carapã, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Antônio João, Caracol, Bela Vista e Porto Murtinho) decidiu pela greve que teve início nesta terça-feira (30), por tempo indeterminado, tomando parte no movimento nacional da categoria.

João Irasílio, funcionário do Banco do Brasil de Amambai e um dos ativistas do movimento, afirma que em Amambai as agências estão fechadas, exceto a do Sicredi, e que apenas 30% dos funcionários mantém seu trabalho para que o autoatendimento funcione normalmente.

“Assim que o banco oferecer um aumento real entre 2 e 3%, o funcionalismo volta a trabalhar normalmente”, afirma João.

De acordo com ele, os cinco maiores bancos do país, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander tiveram apenas no primeiro semestre de 2014 um lucro de 28,5 bilhões, um aumento de 16,5% sobre o que foi ganho no mesmo semestre do ano anterior.

“Esperamos que os bancos resolvam essa greve da forma mais rápida possível: com o aumento real de fato, valorização do piso e da PLR”, conclui.

Para os clientes que passam pelo local, a afirmativa é a mesma: apoio a greve. As reclamações giram em torno das filas e a demora para poder utilizar os caixas.

Dentre os bancos do município, o único em funcionamento normal é o da Cooperativa Sicredi, que não aderiu a greve. No Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e HSBC, o funcionamento consiste apenas em caixas eletrônicos, que podem ser utilizados no horário normal.

Nacional

Atualmente, o salário-base dos bancários é de R$ 1.648,00 e eles pedem reajuste de 12,5%. Dentre as reivindicações, estão três salários mais parcela adicional de R$ 6.247,00 de Participação nos Lucros e Resultados (PLR); 14º salário, vale-alimentação, vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, totalizando R$ 724,00 por mês; gratificação de caixa no valor de R$ 1.042,74; gratificação de função de 70% do salário do cargo efetivo e vale-cultura no valor de R$ 112,50.

A categoria pede também o fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, isonomia de direitos para funcionários afastados por motivo de saúde; manutenção dos planos de saúde na aposentadoria; fim das demissões e da rotatividade; mais contratações; proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); aumento da inclusão bancária; combate às terceirizações; Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os bancários; auxílio-educação para custear o pagamento de graduação e pós-graduação.

Por fim, os bancários exigem ainda um plano de prevenção contra assaltos e sequestros em cumprimento a Lei 7.102/83, que prevê a garantia da segurança em agências e postos de atendimentos bancário, com pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; além do fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários, bem como igualdade nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.

Só nesta terça-feira (30), os bancos de 26 estados e do Distrito Federal entraram em greve, cerca de 7 mil agências e centros administrativos, totalizando cerca de 92% do país.

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