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Prosa & Política

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06/10/2014 22h42 – Atualizado em 06/10/2014 22h42

Prosa & Política

Por José Luiz Nunes Moreira

Eleições em Amambai

A população de Amambai não reagiu diferente de outros municípios de seu porte eleitoral que hoje não têm cacife para garantir a eleição de deputados para as esferas estadual e federal.

Sem esquecer que os amambaienses já foram protagonistas da eleição de representantes nas citadas esferas e também que, nas épocas, o cargo político de deputado não representava um “grande negócio” como nos dias atuais.

Sendo assim, a população optou em fazer o jogo que está colocado cedendo às promessas e condições oferecidas pelas lideranças locais – que não são poucas, dispersando seus votos para mais de uma dezena de candidatos, entre eles, os da casa que não foram convincentes em suas retóricas.

Jogo

A desinformação sobre o que ocorre nos bastidores da política, como o fato de ser candidato numa eleição pode significar projeção para uma próxima disputa, garantir a eleição de comparsa político ou mesmo um futuro emprego bem remunerado… e por aí vai….

E daí. Quais os agentes políticos que saem somando ou subtraindo deste processo? É óbvio que o resultado positivo são para aqueles que conseguiram eleger os seus candidatos e viram os adversários despencarem na aceitação popular.

Enquanto isso, a esperança dos amambaienses é que surja um político da terra que de fato esteja compromissado com o desenvolvimento socioeconômico e cultural do município, tenha um histórico admirável, seja respeitado pela população e, acima de tudo, desprendimento para conseguir os votos necessários para sua eleição.

Como diz o Max Weber no texto “A política como profissão/vocação” referindo-se aos políticos que fazem do mandato popular mera profissão – e lucrativa – como que instalados atrás de um balcão onde se negocia, além de bens materiais, vantagens simbólicas (cargos, influência, facilidades, prestígio, em suma, poder).

Abraçam a política por vocação aqueles que se sentem motivados por ideais e valores, devotados às aspirações de seus eleitores, comprometidos com projetos históricos. Desses, não raro alguns se deixam picar pela mosca azul e sacrificam o idealismo em nome do pragmatismo.

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