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Dengue: Amambai e Terenos têm os mais altos índices de infestação do Estado

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06/11/2014 11h09 – Atualizado em 06/11/2014 11h09

Fonte: Da Redação

Amambai (MS) –O Levantamento Rápido de Infestação do Mosquito Aedes Aegypti (LIRAa), concluído nesta sexta-feira (31) em 42 municípios de Mato Grosso do Sul e divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado de MS (SES), revela que o risco de doença é baixo em 33 municípios e, médio, em nove, sendo Amambai e Terenos, entre esses, os de risco mais grave.

Os nove municípios que estão em situação de médio risco da doença são: Amambai, com índice de infestação de 2.30, Terenos, 2.30; Paranaíba, 1.70; Coxim, 1.60; Coronel Sapucaia, 1.50; Ivinhema, 1,40; Três Lagoas, 1.40; Miranda, 1.30, e Ponta Porã, 1.10.

De acordo com o coordenador do Controle de Vetores de Amambai, Eurides Robaldo Dutra, o número é inferior ao do ano anterior nesta mesma época. “Estamos realizando um trabalho conjunto para reverter esse dado, ainda mais no território acima da avenida Nicolau Otano, onde foram encontrados mais casos”, afirma ele.

Eurides explica que no município constam 11.384 imóveis que são visitados em um período de dois meses através de uma força tarefa de 10 homens do Controle. “Além dessas visitas, estes 10 ainda fazem o controle do LIRAa, coleta de pneus, visita aos pontos estratégicos e coleta e instalação das ovitrampas”, conta.

As ovitrampas, mais conhecidas como armadilhas, são um dos meios de diminuir este índice. Segundo o coordenador, são 95 delas, divididas entre a cidade por um número de nove quarteirões. “Nove quarteirões é o total da área que o mosquito sobrevoa, instalamos na quarta-feira e na outra quarta, recolhemos os ovos”, explica.

Logo após essa coleta, os ovos são colocados em água para que as larvas possam ser executadas. “O mosquito não bota ovo apenas onde tem água, mas sim deixa em locais esperando que a água chegue até lá, para que a larva nasça”, acrescenta.

Cerca de 1.360 ovos são recolhidos semanalmente em períodos menos críticos e estes ovos podem sobreviver até 465 dias sem água. “O verão está chegando, com ele as chuvas e esse índice pode até dobrar”, conclui Eurides.

No total, 121 casos foram notificados até agora no ano de 2014 e 28 desses foram confirmados. Eurides explica que com a notificação, acontece o bloqueio do local e a pessoa é destinada ao repouso para sua recuperação.

Os agentes epidemiológicos tem como serviço a orientação, para que esse trabalho seja amplificado junto à população, diminuindo ainda mais os casos e mantendo a média preconizada de 1%. “Cada um pode fazer sua parte, lavando os recipientes depois da chuva e não deixando água parada no quintal”, disse Eurides.

“O combate a dengue não para, é algo rotineiro, sempre fazemos palestras em escolas, trabalhos conjunto aos agentes da saúde. É um trabalho educativo, não é apenas o agente, mas o morador, é necessário fazer vistoria diária em sua moradia”, conta o coordenador. Ele acrescenta: “Nós realizamos ainda cuidados que outros municípios não tomam, como levar o paciente até outra cidade para exames e outras medidas, que nos fazem evitar casos piores”.

Precaução

O secretário de serviços urbanos, Vilmar Cubas, orienta a população para que atente com os cuidados nesta época do ano, onde há um maior risco de proliferação da dengue. A limpeza deve ser frequente nos terrenos.
O secretário lembra ainda que a poda das árvores deve, preferencialmente, ser feita na época em que o Programa Minha Cidade é Dez retornar à vila, para assim fazer a retirada dos galhos.

“É importante que cada um cuide de seu terreno, corte a grama, limpe seu quintal, para que assim, se tenha um ar mais arejado, com segurança para as crianças e adultos, afinal, muitos animais peçonhentos aparecem nessa época e a grama alta favorece uma camuflagem para eles”, orienta Vilmar Cubas.

O poder público, por meio da secretaria de Saúde, está realizando os trabalhos de prevenção, mas a atenção e o cuidado de cada um são essenciais para que Amambai fique livre da dengue.

Alerta

Aos primeiros sintomas da dengue, a recomendação do Ministério da Saúde é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo e não tome medicamentos por conta própria. Quem se automedica, pode mascarar os sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.

Para evitar a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água.

Sintomas

Com a proximidade da quadra chuvosa, é importante redobrar a atenção aos sintomas da dengue. Febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dores nas costas, manchas no corpo e, em alguns casos, pequenas hemorragias na boca, urina ou no nariz, são sintomas de dengue. A doença pode se manifestar de formas diferentes, mas o tratamento para ela tem um item básico: a hidratação. A dengue remove parte do líquido dos vasos sanguíneos e compromete a circulação do sangue. Por isso, a água é fundamental no tratamento, repondo o líquido que foi perdido.

Cuidados

Aos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo. É fundamental não tomar remédio por conta própria – pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico – devendo ainda estar alerta para sinais de agravamento, como vômitos e dores abdominais.

Outros sintomas

Além dos sintomas mais comuns, a dengue pode se manifestar com dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, pulso rápido, diminuição súbita da temperatura, agitação, fraqueza e desconforto respiratório.

Dengue hemorrágica

Existe uma forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica. A ocorrência da forma mais grave acontece, na maioria das vezes, quando a pessoa já foi infectada anteriormente por um tipo diferente do vírus. Existem quatro tipos de dengue no Brasil e no mundo. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A dengue pode se apresentar, clinicamente, como infecção inaparente, dengue clássica, febre hemorrágica da dengue e síndrome de choque da dengue.

Prevenção

Para evitar a picada do mosquito, o uso de repelente é eficiente, pelo menos, três vezes ao dia, telas na janela e mosquiteiros também ajudam. O mosquito se reproduz em ambientes que contêm água parada e limpa. Seus ovos podem sobreviver até um ano em ambiente seco e esperam a estação seguinte de chuvas para formar novas larvas e multiplicar os mosquitos.

A melhor forma de prevenir é combater o mosquito transmissor retirando possíveis criadores como pneus em áreas abertas, que podem reter água da chuva; colocando areia ao invés de água nos pratinhos de plantas; limpando sempre vasos sanitários pouco usados, vasilhames de água de animais domésticos, caixas de água e piscinas.

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