11/11/2014 14h39 – Atualizado em 11/11/2014 14h39
Os postos da cidade reajustaram os preços dos combustíveis na sexta-feira (7)
Fonte: Da Redação com informações G1
Amambai (MS) – A Petrobras anunciou na quinta-feira (6) o aumento do preço da gasolina e do diesel em venda nas refinarias. O novo valor passou a vigorar na madrugada da sexta-feira (7). A alta da gasolina nas refinarias foi de 3% e do diesel, de 5%.
A alta nas refinarias resultou em aumento para o consumidor amambaiense. O percentual, no entanto, não é necessariamente o mesmo: o valor do combustível nas bombas depende de determinação dos postos.
Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa ressalta que os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.
O reajuste, segundo o supervisor técnico do Sinpetro, Edson Lazaroto, será determinado para recuperar as finanças da Petrobras, que enfrenta defasagem financeira.
No ano passado, houve dois reajustes nos preços da gasolina. O primeiro aconteceu em janeiro, quando a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%. O último reajuste aconteceu no fim de novembro de 2013 – momento no qual a Petrobras anunciou que os preços da gasolina e do diesel foram reajustados nas refinarias, sendo que a alta foi de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel.
Reajuste dos combustíveis dará lucro
O reajuste deve gerar uma receita anualizada à Petrobras de cerca de R$ 5,5 bilhões, equivalente a 25% do lucro que a estatal registrou em 2013.
São 55 bilhões de litros de diesel comercializados por ano, pela estatal, muito acima da venda de gasolina, que comercializa em torno de 31,6 bilhões de litros anuais. A receita extra anualizada com o aumento da gasolina é de R$ 1,250 bilhão num período de um ano.
A Petrobras defende aumentos maiores em 2015, para compensar as perdas (estimadas em R$ 60 bilhões) que teve nos últimos anos com a defasagem de preços.
Preços em Amambai
Em Amambai, os preços dos combustíveis subiram na sexta-feira (7). O teto que anteriormente era de R$ 3,19 para a gasolina e de R$ 2,58 para o óleo diesel subiu para R$ 3,36 e R$ 2,88, respectivamente.
Para o proprietário do Auto Posto Sol Nascente, Paulo Manseppe, afirma que o aumento já era previsto para este ano e que não foi muito grande. “Esperávamos por este aumento, não houve reclamações e a alta não foi grande”, afirma ele.
No Sol Nascente, o preço da gasolina foi de R$ 3,14 para R$ 3,34 e o do diesel de R$ 2,74 para R$ 2,88. Além desses, o etanol subiu de R$ 2,32 para R$ 2,39 e a gasolina Grid está no preço de R$ 3,36.
Os preços do Auto Posto Limeira que anteriormente eram de R$ 3,19 da gasolina comum e de R$ 2,65 para o óleo diesel também subiram. Os preços agora são de R$ 3,31 e de R$ 2,86. A gasolina Grid está custando R$ 3,33 o litro, o diesel S10 R$ 2,93 e o etanol R$ 2,30.
No Auto Posto Berlitz, os preços atuais são de R$ 3,36 da gasolina Grid, R$ 2,31 do etanol, R$ 2,88 do diesel e R$ 2,96 do diesel S10.
Nos postos Dakota 1 e 2, o preço da gasolina subiu de R$ 3,09 para R$ 3,30 e o do diesel de R$ 2,749 para R$ 2,86. A gasolina aditivada e o diesel S10 também tiveram alta, indo de R$ 3,149 para R$ 3,38 e de R$ 2,89 para R$ 2,91, respectivamente.
Já no posto de abastecimento São Marcos, os preços variaram de R$ 3,18 da gasolina comum para R$ 3,34 e de R$ 2,75 do diesel para R$ 2,88. Além destes, os combustíveis oferecidos são o diesel S10 por R$ 2,96 e o etanol por R$ 2,41.
Na opinião do empresário, Felipe Schinaider, o preço do combustível no Brasil era pra ser um dos mais baratos do mundo, pelo motivo da segunda maior petrolífera do mundo, a Petrobras, pertencer ao país. “Temos a Petrobras, somos pioneiros em produção de etanol e biodiesel e temos um dos maiores mercados automobilístico do mundo”, afirma ele.
Felipe acrescenta que vendemos combustível para vizinhos da América do Sul e que o culpado pela alta é do governo que não pratica nenhum tipo de planejamento econômico e suga toda a riqueza do Brasil. “Se pelo menos tivéssemos os valores cobrados pelos impostos revertidos em melhorias como educação, saúde e infraestrutura, ainda quem sabe seria um preço justo a se pagar, mas não pode ser admitido que países como a Argentina, Paraguai, Bolívia e Venezuela, que importam nosso combustível, ofereçam valores muito abaixo do que pagamos”, diz ele.
De acordo com Felipe, ele apoia aqueles que abastecem no Paraguai ou em qualquer outro país vizinho onde a gasolina é mais barata. “Não me entra na cabeça pagar quase 70% em imposto para usar um produto que existe com abundância no Brasil e as nossas condições sociais e humanas estarem entre as piores do mundo”, conclui.
