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Agência parceira da ONU diz que ainda há riscos de ebola se tornar endêmico

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31/01/2015 15h51 – Atualizado em 31/01/2015 15h51

Fonte: R[adio ONU

A Federação Internacional da Cruz Vermelha, uma agência parceira da ONU, alertou esta sexta-feira que as chances do ebola se tornar endêmico não foram descartadas.

A agência informou que em muitas regiões, como Serra Leoa e Guiné, os casos da doença continuam surgindo.

Áreas Inseguras

A porta-voz da Cruz Vermelha, Birte Haid, afirmou que “ainda existem áreas tão inseguras que não é possível enviar as equipes de socorro”.

Ela falou a jornalistas em Genebra que algumas comunidades na Guiné acreditam que as equipes de saúde estão propagando o vírus quando usam os sprays para desinfetar os locais.

Haid disse que “definitivamente a epidemia não acabou” e que o mundo deve se considerar com “muita sorte” se o ebola for controlado este ano.

A própria Organização Mundial da Saúde, OMS, confirmou “muita resistência” das comunidades ao trabalho das equipes médicas, mas afirmou que continua sendo importante “rastrear todos os casos de infecções”.

Perspectiva

Em Genebra, a médica e coordenadora da rede de informação em saúde em português da OMS, Regina Ungerer, falou à Rádio ONU sobre a duração do surto.

“Naturalmente essa declaração (da Cruz Vermelha) vem bem de encontro ao que a OMS vem falando desde meados do ano passado. O próprio doutor Bruce Aylward, que é o responsável por toda a preparação do ebola, já havia dito no ano passado que essa crise do ebola iria durar de nove meses a 1 ano. E a OMS vem trabalhando com essa perspectiva de que isso realmente vai demorar esse tempo.”
Ungerer disse que apesar dos casos ainda estarem aumentando na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, não passaram para outros países. Isso mostra, segundo ela, que as medidas que a OMS vem pleiteando e que as nações estão adaptando e implementando estão sendo eficazes.

Segurança e Estabilidade

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também falou sobre a doença em discurso na 24ª Conferência da União Africana, que está sendo realizada em Adis Abeba, na Etiópia.

Ban disse que “o surto mostrou como é importante ter um forte sistema de saúde para a segurança e a estabilidade mundial”.

Ele declarou que os sucessos obtidos nos esforços para erradicar a pólio e no combate à Aids na África mostram que o objetivo de acabar com o ebola pode ser alcançado se todos trabalharem juntos.
O secretário-geral lembrou que o ebola não vai acabar até que todos os países estejam livres do vírus.

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