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Chuva ainda é motivo de alerta para municípios de MS

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19/03/2015 15h37 – Atualizado em 19/03/2015 15h37

Fonte: Matéria

Na véspera de entrarmos no outono, estação em que se inicia a seca, Mato Grosso do Sul ainda pode sofrer com o efeito das chuvas. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) continua emitindo alertas para a ocorrência de fortes pancadas d’água e trovoadas em várias regiões do Estado.

No início do março um temporal em Chapadão do Sul transbordou um viaduto e vários carros ficaram submersos em uma das principais avenidas da cidade. Na capital, chuvas rápidas e intensas de verão logo causam trechos de enchentes e alagamento em diferentes pontos.

O problema não termina quando o aguaceiro passa, depois do susto de ver a água invadindo suas casas, e os expondo ao risco de doenças, os moradores precisam lidar com os prejuízos materiais e limpar o lixo e a lama que ficam. Fenômenos naturais, as enchentes ocorrem quando a vazão d’água excede a capacidade de escoamento de rios ou córregos que acabam ‘derramando’.

Problemas de infraestrutura, como a insuficiência das áreas de escoamento de águas pluviais e do sistema de drenagem, são algumas das causas de enchentes que acabam intensificadas pela interferência das atividades humanas.

“Se alguém descarta lixos ou entulhos em lugares inapropriados como terreno baldio, este deve ser responsabilizado pelo entupindo galerias e bueiros que causam enchentes e alagamento” comenta Luis Mosko, proprietário da empresa Capital Caçambas, que trabalha com coleta de entulhos no município de Campo Grande/MS.

Luis ainda comenta sobre como evitar transtornos em períodos de chuva “É muito importante realizar o descarte correto de lixos e entulhos, no caso do lixo a prefeitura faz esse papel de recolher, mas o cidadão precisa embalar de forma correta e deixar fora de alcance de animais, que podem rasgar e espalhar o lixo. No caso do entulho é necessário contratar uma empresa regularizada para fazer o descarte correto, nada de terreno baldio, isso pode até dar multas para o proprietário do terreno e também para quem descarta incorretamente, caso for pego em flagrante”.

Reformas e construções

Responsável por mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados em meios urbanos segundo o Ministério das Cidades, o ramo de construção civil gera em média 33 mil toneladas de resíduos todos os anos no país, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon).

A destinação incorreta desses materiais além de aumentar os riscos de enchentes e o assoreamento de rios e córregos pode também ser foco de doenças como a dengue, febre amarela e chikungunya e atrair insetos e roedores.

Medidas de prevenção

Diminuir a geração de lixo, e fiscalizar os serviços de coleta com caçamba estacionárias, regulamentados pelo decreto nº 11.142 da Lei Complementar nº 152, também é dever da população no momento da escolha do prestador de serviço, mas o município também deve criar formas de reaproveitar o material descartado “A reciclagem dos materiais de construção é uma boa alternativa para o problema, já que podem virar matéria-prima de pavimento ecológico que permitem a drenagem do solo” afirma Luis.

Desde 2013, a Defesa Civil busca conscientizar a população sobre não jogar lixo nas ruas com a campanha “Deixe a água rolar!” e incentiva a população a monitorar as condições dos bueiros e ligar para a Defesa Civil sempre que houver algo bloqueando a passagem das águas da chuva.

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