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Produtores de Amambai, Caarapó e Laguna buscam solução para impedir demarcações

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20/05/2016 18h55 – Atualizado em 20/05/2016 18h55

Produtores Rurais de Amambai, Caarapó e Laguna buscam solução para impedir demarcações de terras

Fonte: Assessoria Sindicato Rural de Amambai

Amambai (MS) – Centenas de produtores rurais de todo o Cone Sul de Mato Grosso do sul participaram no dia 18 de maio de uma reunião para tratar das últimas portarias publicadas pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que reconhecem como áreas indígenas 55,6 mil hectares de terras produtivas na região.

A reunião foi realizada no Pavilhão de Eventos do Parque de Exposições de Caarapó no período da manhã e contou com a presença do assessor jurídico da FAMASUL (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Gustavo Passareli, da antropóloga e presidente do Sindicato Rural de Antonio João, Rosely Ruiz, do presidente do Sindicato Rural de Amambai, Ronan Nunes da Silva, e de Caarapó, Antônio Maran, vice-presidente da Famasul, Nilton Pickler, autoridades, vereadores e produtores do município de Caarapó e região.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Ronan Nunes da Silva, 87 propriedades rurais estão comprometidas com os últimos decretos assinados pela presidente Dilma Rousseff, antes de ser afastada do cargo. As áreas a serem demarcadas abrangem os municípios de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã.

O assessor jurídico da FAMASUL, Gustavo Passareli, explicou as questões jurídicas que envolvem o processo demarcatório e tirou as dúvidas dos produtores rurais presentes. De acordo com Passareli os proprietários que estão com terras comprometidas com as novas portarias da FUNAI têm 90 dias para apresentar defesa administrativa para a FUNAI. Esse prazo de defesa teve início na publicação das portarias, datada no dia 13 de maio.

O presidente do Sindicato Rural de Amambai lamenta a situação e afirma que a economia do município e de toda região está gravemente comprometida, destacando que se essas terras forem tiradas dos produtores que estão há anos produzindo, o resultado pode ser devastador. São mais de 50 mil hectares que deixarão de produzir. Em Amambai, são 20 mil hectares envolvidos, que incluem as terras produtivas das fazendas Brida, Janaína e Cascavel. Nas outras regiões, diversas propriedades rurais e assentamentos estão comprometidos.

Produtores rurais estão em estado de alerta e exigem soluções para que não sejam impedidos de produzir. De acordo com informações divulgadas pela Frente Parlamentar Agropecuária, o presidente em exercício, Michel Temer, se comprometeu a rever todas as ações do governo da presidente afastada a partir do dia 1º de abril, data em que a Dilma Rousseff assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terras.

O Sindicato Rural de Amambai informa que está a disposição de todos os produtores rurais que queiram tirar dúvidas sobre o processo demarcatório. O telefone para contato é 3481.1093.

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