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Agronegócio terá crescimento maior no Brasil em relação ao resto do mundo

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05/12/2016 13h32

Conclusão é de um estudo divulgado pela Fiesp que analisa o desempenho do setor nos próximos dez anos

Fonte: Uagro

No período que compreende de 2016 a 2026, o despenho do agronegócio brasileiro será melhor do que a média mundial para produtos como soja, milho, açúcar e carnes (bovina, suína e frango). A informação está no estudo “Outlook Fiesp 2026 – Projeções para o Agronegócio Brasileiro”, elaborado pelo Departamento de Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado do São Paulo (Fiesp).

O estudo ressalta que o Brasil irá aumentar sua participação no mercado global. Entretanto. “Não repetirá para os próximos dez anos a robusta taxa de crescimento apresentada na última década em relação à produção e às exportações das principais culturas”.

A pesquisa destaca o desempenho das principais culturas nacionais, a exemplo da soja, cuja participação de mercado nas exportações mundiais chegará a 49% em 2026, com crescimento anual de 4,6%, acima dos 2,7%, em média, dos demais produtores.

Outro destaque é para o milho brasileiro, que, segundo o estudo, passou a ser disputado no mercado internacional pela sua qualidade. As projeções indicam crescimento anual de 8,8%, com a participação nas exportações mundiais indo a 23% ao final do período projetado. Para a safra 2025/2026, estima-se aumento de 21% no consumo interno, puxado pelo setor de proteínas animais.

No caso do açúcar, o país, que já é o grande supridor mundial, em dez anos será responsável por metade do que é comercializado internacionalmente, segundo as projeções da Fiesp, com taxa de crescimento de 2,2% ao ano. Vale destacar que 2016 foi um ano importante de recuperação para o setor, impulsionado pela forte alta do preço do açúcar, em razão do desequilíbrio ocorrido no quadro de suprimento global.

Pela mesma razão, os preços da laranja deram um fôlego a produtores e indústrias, assim como o do café, mesmo com a valorização do real que, de forma atípica, acabou contribuindo para o desempenho dessas três culturas, ao melhorar os custos na lavoura e ao oferecer certo alívio para as indústrias com dívidas em dólar. Dessa forma, iniciarão o próximo ano em situação mais favorável.

Segundo o gerente do Deagro, Antonio Carlos Costa, 2017 também pode marcar o início da recuperação para as carnes, como a de frango e suína, que enfrentaram uma “tempestade perfeita” em 2016, com aumentos históricos dos custos de produção, somados ao consumo estagnado por conta da redução do poder de compra da população.

O cenário projetado para a carne bovina aponta para um crescimento anual das exportações de 4,5%, com sua fatia do mercado internacional se elevando para 18% na próxima década, marcando uma melhora em relação ao desempenho registrado entre 2005-2015 (0,3% e 15% para crescimento e fatia do mercado mundial, respectivamente). No entanto, a abertura recíproca entre Brasil e EUA para o produto sinaliza, no médio prazo, a possibilidade de acesso a novos mercados, mais exigentes e que remuneram melhor o produto brasileiro, o que poderá resultar em números ainda mais positivos.

A projeção para os próximos dez anos para a carne suína também é favorável, com crescimento anual das exportações de 3,0% – contra retração de 1,2% ao ano na década anterior – e participação no mercado internacional de 10%. A carne de frango manterá sua expressiva fatia do mercado global, com 41% do total comercializado.

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