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Nova vacina contra febre aftosa é desenvolvida para casos de emergência

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14/02/2017 14h42

Fonte: Famasul

Para manter a condição do Brasil de zona livre da febre aftosa, o Instituto Biológico (IB, São Paulo/SP) iniciou o desenvolvimento de uma vacina para uso emergencial no futuro. O objetivo é que o produto permita resposta imunológica rápida com objetivo de conter focos em caso de reintrodução do vírus em áreas livres sem vacinação.

De acordo com a pesquisadora do IB, Edviges Maristela Pituco, a meta é ter a vacina em dez anos. “O mecanismo de ação dela é diferente da vacina usada atualmente, pois será aplicada apenas quando houver focos da doença, por isso, precisa de uma ação muito mais rápida para contenção de focos em casos de emergência sanitária”, explica.

A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa que ataca todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), o Brasil busca ser livre da doença, usando como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A execução do plano é compartilhada pelos diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com a participação do setor privado. No âmbito estadual, as secretarias de agricultura e instituições vinculadas são responsáveis pela execução do Pnefa. Em São Paulo, a vacinação dos animais é realizada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA, São Paulo/SP), por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).

Ainda de acordo com Pituco, o Brasil caminha para a conquista de ser livre de aftosa sem vacinação nos próximos anos. “Santa Catarina é o único Estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa, sem vacinação, desde 2007. Portanto, torna-se urgente dispor de novas vacinas para atender esta nova etapa do Pnefa, em que o uso deste insumo poderá ser indicado apenas em casos de emergência sanitária”, afirma.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, pesquisas como essa são fundamentais para garantir a sustentabilidade do agronegócio e da economia brasileira. “A febre aftosa é uma doença grave que tem impacto na economia do País. Desenvolver um trabalho como esse é importantíssimo, pois estamos nos antecipando a uma demanda que chegará nos próximos anos”, conclui o secretário.

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