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Especialista orienta combate à ferrugem na soja

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22/03/2017 09h18

Gastos com a doença se situam em torno de US$ 2 bi por safra

Fonte: Uagro

Identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, a ferrugem da soja hoje é considerada a principal doença da cultura. Segundo a Embrapa, ela possui um custo médio de US$ 2 bilhões por safra.

Por mais que haja a aplicação de fungicidas, estes perderam sua eficiência com o decorrer do tempo e a adaptação do fungo, diz o engenheiro agrônomo e fitopatologista, Erlei Melo Reis. Segundo ele, em 2013/14 a eficiência dos componentes (DMI e Qol) estava abaixo de 20% e a mistura dos dois (ciproconazol + azoxistrobina) beirava os 40% de controle.

De acordo com Melo Reis, só existem três grupos químicos no mercado: Triazóis, Estrobilurinas e Carboxamidas. Esses grupos possuem moléculas de ação sítio específicas, sendo assim, é fácil do fungo se defender, explica. “Portanto é indicado o uso de fungicidas protetores multisítio que agem no mínimo em cinco ou seis sítios da célula do fungo.”

O especialista esclarece que três elementos são essenciais para a proliferação da ferrugem: água, tempo e temperatura. Para o fungo, frisa, basta a umidade mínima necessária e oito horas a uma temperatura média 22ºC para que ele comece a germinar. Em oito a nove dias ele completa seu ciclo liberando, então, seus descendentes. Os esporos da ferrugem, chamados de “esporos secos” são liberados quando a folha hospedeira estiver seca. Eles são transportados por meio do vento até a próxima folha na qual se instalará.

Segundo Melo Reis, tal qual uma semente, o esporo vai penetrar e começar a se alimentar. “Quando há a presença de um fungicida protetor à camada que envolve a folha, o fungo não se desenvolve, pois, assim que começar a germinar, o mesmo absorve o defensivo que impedirá seu desenvolvimento. Sendo assim, os processos biológicos vitais são interrompidos, levando ao controle da doença.”

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