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Ex-professora de ciências possibilita aprendizagem à campo no MS

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25/05/2017 15h16

Fonte: Iagro

Devolver à sociedade e à natureza o que recebeu é a ambição da ex-professora de ciências e biologia Marina Alves Rodrigues Bacha. Atualmente, Marina é fiscal agropecuária da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), mas não abandonou seu lado pedagógico e, por isso, comprou um espaço de sete hectares na Fazenda Santa Fé, a 25km de Campo Grande-MS, para desenvolver o Projeto Brejo Bonito MS, que possibilita aos alunos, desde de o ensino fundamental à universidade, a oportunidade de aprender sobre o meio ambiente na prática.

A reserva é desenhada para pesquisas e possui nascentes, área de vereda, grande quantidade de árvores, insetos e plantas, tudo para garantir o objetivo do Projeto Eco Aula, ação do Brejo Bonito MS, desenvolvido para apoiar à educação ambiental e o aprendizado técnico, cientifico, prático e pedagógico. “Aprender indo à campo e sentir a natureza é muito melhor que aprender em sala de aula” destaca Marina.

O Projeto iniciado em 2008, faz parte da Associação Para Sustentabilidade Ambiental – Asa D’Aguas com o cunho filantrópico, também dirigida por Marina, e já recebeu visitas de estudantes de 12 escolas estaduais e municipais, três universidades, e um curso de Gestão Ambiental do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e ainda uma organização não governamental que trabalha com idosos.

Além do Projeto Eco Aula, o Brejo Bonito MS desenvolve o Projeto Viveiro e o Projeto Reflorestamento, ambos com o intuito de proteger espécies da fauna e da flora na região. De acordo com a proprietária, este ano ainda será inaugurado um banco de sementes e mudas para trocas, vendas e doações dos itens. Ela plantou sete mil árvores, pois ela deseja transformar em Reserva Particular de Patrimônio Natural ainda esse ano.

Os dois filhos de Marina partilham do mesmo propósito e contribuem muito para o Projeto. José Elias Rodrigues, de 23 anos, cursa biologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Marçal Francisco Rodrigues, de 20, estuda direito na mesma Universidade, mas deseja alternar para direito ambiental.

Do desmatamento à conservação

Em 2009, uma empresa de energia da região construiu uma torre de eletricidade próxima à nascente da propriedade sem o consentimento da ex-professora. Por recurso e muita luta da proprietária, ela ganhou a causa que durou três anos. Condenada por decreto judicial, a empresa pagou R$ 1 milhão de indenização hoje contribui para a construção de um Centro Básico de Iniciação a Pesquisa Científica e Educação Ambiental, que serve de instrumento para professores e alunos do ensino fundamental à pós-graduação, possibilitando a realização de aulas de campo e outras atividades voltadas à preservação ambiental.

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