09/08/2017 15h53
Conselho de Segurança emitiu Declaração Presidencial sobre problemas que afetam mais de 20 milhões de pessoas no Iêmen, na Nigéria, na Somália e no Sudão do Sul.
Fonte: Rádio ONU
O Conselho de Segurança da ONU divulgou esta quarta-feira uma Declaração Presidencial expressando “grave preocupação” com o nível sem precedentes da necessidade humanitária e da ameaça de fome no Iêmen, no nordeste da Nigéria, na Somália e no Sudão do Sul.
Falando a jornalistas na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric disse que mais de 20 milhões de pessoas nesses países estão passando fome ou correm o risco de passar fome.
Apelo
Dujarric falou ainda sobre o apelo feito para ajudar nas operações humanitárias.
O porta-voz afirmou que até agora, a ONU já recebeu US$ 2,5 bilhões, ou 51%, dos US$ 4,9 bilhões do apelo urgente para fornecer assistência para salvar vidas nessas áreas.
A declaração cita ainda o “impacto devastador dos conflitos armados e da violência sobre os civis”. Esses conflitos têm consequências humanitárias arrasadoras e impedem uma resposta de ajuda a curto, médio e longo prazos.
Compromisso
Outro problema apontado pelo documento mostra as ligações entre a escassez de comida e o aumento da vulnerabilidade de mulheres, crianças e pessoas com deficiências.
O Conselho de Segurança reafirmou compromisso de trabalhar com o secretário-geral na busca de soluções para acabar com conflitos.
Ao mesmo tempo, o órgão deixou claro que para responder de forma eficaz a essas crises, é necessário que todas as partes respeitem a lei humanitária internacional.
Segundo o Conselho, “é obrigação de todos os envolvidos em conflitos armados respeitar e proteger a população civil”.
Recomendações
Os países integrantes do órgão deploraram a ação de alguns grupos nos conflitos no Iêmen, na Nigéria, na Somália e no Sudão do Sul que não garantiram acesso e entrega de comida e outros suprimentos vitais aos civis.
Em relação à ameaça de fome, o Conselho de Segurança pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que faça um informe em outubro sobre os impedimentos para uma resposta humanitária eficaz nessas nações.
Além disso, o Conselho quer também que sejam feitas recomendações específicas para lidar com esses problemas com o objetivo de criar uma ação de resposta mais robusta nesses países.