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Mais de 5 mil civis morreram desde o início do conflito no Iêmen

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05/09/2017 15h29

Pelo menos 22% das vítimas fatais são crianças; coalizão teria sido responsável por mais de 60% das mortes; relatório revela que menores de até 10 anos estariam armados e uniformizados em postos de controle; confronto surgiu em março de 2015.

Fonte: Rádio ONU

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O conflito no Iêmen, que começou em março de 2015, já matou pelo menos 5144 civis. Os combates também feriram 8,7 mil pessoas. Mais de 20% das vítimas fatais são crianças.

Os dados constam de um relatório apresentado esta terça-feira ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

Investigação

Segundo a ONU, ocorreram violações e abusos de direitos humanos e do direito internacional humanitário. Os ataques aéreos da coalizão pró-governo seriam a principal causa de mortes de crianças e de perda de vidas em geral.

Para o alto comissário dos Direitos Humanos, Zeid Al Hussein é fundamental que seja realizada uma investigação internacional independente sobre o conflito no Iêmen.

De acordo com o relatório, continuam a ocorrer violações e abusos no país onde os civis “sofrem profundamente as consequências de uma catástrofe inteiramente causada pelo ser humano”.

Funerais

O estudo destaca ataques aéreos que atingiram mercados, hospitais, escolas, áreas residenciais e outras infraestruturas públicas e privadas no ano passado.

Os Comitês Populares afiliados às milícias houthis e as unidades do Exército leais ao ex-presidente Abdullah Saleh foram responsáveis por cerca de 67% dos 1702 casos de recrutamento de crianças usadas em combates.

Monitores dos Direitos Humanos da ONU dizem ter observado com frequência crianças de até 10 anos armadas e uniformizadas em pontos de controle.

Tanto as forças houthis como as leais a Abdullah Saleh também foram consideradas responsáveis por detenções arbitrárias ou ilícitas.

Pelo menos 18,8 milhões de pessoas precisam de ajuda e 7,3 milhões estão na iminência de fome devido ao conflito que afeta mais as províncias de Áden, Al-Hudaydah, Sanaa e Taiz.

O informe destaca que a crise humanitária é “resultado direto do comportamento das partes no conflito, incluindo ataques indiscriminados, contra civis e bens, cerco, bloqueios e restrições de movimento.”

Apresentação: Monica Grayley.

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