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Cerca de 15 mil crianças morrem por dia antes de completar cinco anos

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20/10/2017 10h29

Dados estão em estudo divulgado esta quinta-feira; no ano passado 5,6 milhões de menores morreram nessa fase da vida; relatório revela que 7 mil bebês morreram diariamente nos primeiros 28 dias; nos países de língua portuguesa, Brasil reduziu de forma mais acelerada as mortes das crianças menores de cinco anos.

Fonte: Rádio ONU

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Um novo relatório revela que 15 mil crianças morreram por dia em 2016 antes de completarem o quinto aniversário. Pelo menos 46% delas, ou 7 mil, não sobreviveram aos primeiros 28 dias após o nascimento.

O relatório Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2017 destaca que o número de crianças que morreram antes dos cinco anos foi de 5,6 milhões em 2016, comparado aos quase 9,9 milhões do ano 2000. Mas nesse período subiu a proporção de mortes de recém-nascidos no mundo de 41% para 46%.

Lusófonos

Segundo o documento, em Angola ocorreram 29 mortes em cada mil nascimentos. Na tabela de mortalidade de crianças menores de cinco anos, o país africano vem com 83 mortes em cada mil nascimentos.

Entre as nações de língua portuguesa, o Brasil reduziu de forma mais acelerada as mortes dos menores de cinco anos a uma taxa de 5,6% ao ano. No país ocorreram 15 mortes em cada mil nascimentos.

De acordo com o estudo, na Guiné-Bissau ocorrem 38 mortes em cada mil crianças nascidas vivas, em Moçambique 27 mortes em cada mil nascimentos, enquanto Timor-Leste vem com 22 mortes neonatais em cada mil.

O relatório revela ainda que em São Tome e Príncipe ocorrem 15 mortes em cada mil novos nascimentos, em Cabo Verde e Portugal 10 e duas mortes em cada mil nascimentos, respectivamente.

Recém-nascidos

O chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que foram salvos 50 milhões de crianças menores de cinco anos desde 2000.

Para Stefan Swartling Peterson isso revela um “um testemunho do compromisso sério dos governos e parceiros de desenvolvimento para combater as mortes infantis evitáveis”.

Progresso

O responsável disse que “a menos que se faça mais para impedir que os bebês morram no dia em que nascem, ou nos dias após o nascimento, esse progresso permanecerá incompleto”.

Ele revelou que existem conhecimentos e tecnologias necessárias e que “é preciso apenas levá-las para onde elas são mais necessárias”.

O documento destaca que se continuarem as tendências atuais, 60 milhões de crianças morrerão antes do quinto aniversário entre 2017 e 2030, sendo metade delas recém-nascidas.

Mortalidade

O estudo foi divulgado pelo Unicef, a Organização Mundial de Saúde, OMS, o Banco Mundial e pela Divisão de População do Departamento da ONU para os Assuntos Económicos e Sociais, Desa, que compõem o Grupo Interagências de Avaliação de Mortalidade Infantil.

De acordo com o documento, a maioria das mortes de recém-nascidos ocorreu no Sul da Ásia com 39% e na África Subsaariana com 38%.

Metade das mortes dos recém-nascidos ocorreu em cinco países: Índia com 24%, Paquistão com%, Nigéria com 9%, República Democrática do Congo com 4% e Etiópia com 3%.

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