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Sobre a importância de saber lidar com a dor alheia

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01/07/2018 08h30

Fonte: EoH

Dor não se compara. Um tombo de bicicleta. Um tiro à queima roupa. A perda de um ente querido. O exame positivo para uma doença sem cura. Uma traição. Tudo isso dói. Dói pra caramba. Mas também não tenho a intenção de dizer que todas doem com a mesma intensidade, pois obviamente eu preferia cair de bicicleta, do que descobrir que tenho uma doença sem cura, por exemplo.

O que eu quero dizer é que não adianta chegar para uma pessoa que acabou de descobrir que o seu pai sofreu um acidente, e dizer: “Olha bem, pelo menos o seu pai ainda está aqui, e o meu que morreu há cinco anos? “, entende?

Acho uma imensa covardia usar situações extremas para amenizar uma dor, porque não existe nenhuma comprovação científica de que essa comparação faz parar de doer, ou que faz a pessoa se sentir melhor.

Cada ser humano tem uma intensidade diferente.

Uma pessoa que capotou um carro qualquer na rodovia, não vai sentir a mesma dor de uma outra que bateu o carro que era a única lembrança deixada pela sua mãe que faleceu há dois anos.

Então, se não puder ser abrigo para quem necessita, não precisa dizer que existem milhares de pessoas que também estão sem teto.

Vai doer de qualquer maneira.

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