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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Dia do Policial Militar: comandante da PM em Amambai fala sobre a profissão

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20/04/2018 14h49

Além de Tiradentes, neste sábado (21) é comemorado também o Dia dos Policiais Militar e Civil

Fonte: Patrícia Dapper – Redação

Amambai (MS)- Há quem diga que é sonho, outros que é loucura, mas com certeza o que não se pode negar é a força, a persistência e a coragem de quem escolhe ser policial militar no Brasil. E neste sábado (21), o dia é especialmente deles, daqueles que sem pensar duas vezes, colocam a sua vida em risco para salvar a de outra pessoa, isso mesmo, no dia 21 de abril é comemorado o Dia do Policial Militar.

“Para nós é uma data muito importante, porque algumas pessoas não compreendem a importância de um PM para a sociedade e com esse dia, esperamos que possa haver uma reflexão sobre esse profissional e o seu papel fundamental em qualquer sociedade”, afirmou o comandante da 3ª Companhia Independente de Policia Militar (3ª CIPM) de Amambai, tenente-coronel Wesley Freire Araújo.

Ele, que é policial militar no Mato Grosso do Sul há 25 anos, atua a frente da 3ª CIPM há sete meses e fala um pouco sobre a carreira militar, das dificuldades e as melhores partes em ser policial em Amambai.

O que é ser policial militar

Para o tenente-coronel, ser policial militar é mais que uma profissão, é um caso de amor.
“Quando eu entrei para a corporação, isso há 25 anos, eu conhecia a polícia militar só de ouvir falar, que é como muitos conhecem (…) eu pensava apenas em salvar pessoas, mas ao entrar, eu vi que o trabalho de um policial vai muito além e é extremamente apaixonante, tudo que eu sou hoje, com certeza devo a Policia Militar. (…) Sempre falo que na minha vida eu tenho três paixões, uma é minha esposa, Bruna; a minha filha, Rebeca e por fim, a Polícia Militar”, comentou.

Para o comandante, a melhor parte em ser PM é servir a população e ser reconhecido. “Servir a comunidade é com certeza muito bom, ver que você ajudou uma pessoa em um momento difícil é gratificante (…) muitos têm medo da arma que o policial porta, mas eu asseguro, essa arma que carrego comigo não é para matar, mas para salvar”, disse.

Sobre valorização do PM, Wesley afirma que Amambai está no caminho certo: a população compreende e respeita a Polícia Militar. “De todas as cidades que eu passei, incluindo a Campo Grande e cidades do Pantanal, Amambai, bem como os outros quatro munícipios de atuação da 3ª CIPM, respeitam, valorizam muito o policial e sempre os querem por perto”, ressaltou.

Além de Amambai, a 3ª CIPM é responsável por atuar em Tacuru, Paranhos, Coronel Sapucaia e Sete Quedas.

Dificuldades

Nem tudo são flores. E é claro, que com a profissão de Policial Militar não seria diferente. Os policiais diariamente passam por algumas dificuldades, como explica o comandante:

“Apesar de ser uma profissão muito honrosa, é muito estressante e por isso, de acordo com estudos, policiais não vivem muito depois que se aposentam, isso porque o nível de estresse diário é muito grande.

Todos os dias quando saímos de casa, não temos certeza se voltaremos e isso é muito difícil”, explicou. E acrescentou: então no dia-a-dia, nós como chefia, buscamos sempre aliviar nosso colega, não colocar pressão, além do necessário para que cada policial cumpra seu trabalho, isso para que a saúde dos nossos policiais não seja prejudicada”.

Outro ponto que dificulta o trabalho do policial militar é o preconceito com que ele é visto em determinados momentos. Em Amambai, isso não é tão forte, mas o comandante afirma que existe.

“O governo militar no Brasil na década de 60 reflete em nós uma má fama, de autoritários e ditatoriais, mas hoje a Polícia Militar é totalmente democrática, humanista, republicana e legalista e por isso, que o nosso objetivo é entrar nas universidades, para essas pessoas vejam que nós somos diferentes (…) Muito se vê nos noticiários de casos com PM’s em grandes estados, mas não se pode generalizar, porque a Polícia Militar reflete a população de cada estado”, explica.

Profissão que inspira sonhos

Apesar de ser uma profissão de risco, com dificuldades e desvalorização, a carreira de policial militar ainda inspira sonhos e projetos de vida. Como é o caso da servidora pública, Dayane Silva Leite, de 24 anos. Ela desde a adolescência sonha em ser policial militar e agora, com a saída do edital para o concurso para PM em MS, vê a chance de realizar este sonho e ainda mudar e vida.

“Desde muito pequena sonho em ser policial, é uma profissão digna de muita admiração, é um serviço onde você deixa a sua vida em segundo plano para salvar a de outra pessoa (…) sei que eu vou conseguir, mas sei que terei muitas dificuldades pela frente, mas elas serão impulso para eu lutar mais e tornarão o dia em que eu estiver fardada, muito mais significante”, disse.

O comandante da 3ª CIPM finaliza com um recado a quem pensa em fazer o concurso: “Estude bastante, se dedique ao máximo para que você consiga entrar, porque depois de entrar, nos primeiros momentos do curso de formação, você já vai estar completamente apaixonado por este universo e não se verá mais fazendo outra coisa, assim como eu, que vivo um casamento de 25 anos de paixão pela PM”.

Foto: Moreira Produções

Comandante da 3ª CIPM em Amambai, tenente-coronel Wesley Freire Araújo / Foto: Moreira Produções

Alguns dos policiais lotados na 3ª CIPM durante desfile cívico-militar / Foto: Moreira Produções

Além de Amambai, a 3ª CIPM é responsável por atuar em Tacuru, Paranhos, Coronel Sapucaia e Sete Quedas.

Dia do Policial Militar: comandante da PM em Amambai fala sobre a profissão

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