07/10/2015 14h22 – Atualizado em 07/10/2015 14h22
“É um direito da pessoa receber uma transferência de renda. Não substitui a renda do trabalho, apenas complementa”, disse a secretária Nacional de Assistência Social do MDS, Ieda Castro
Fonte: Portal Brasil
Em bate-papo online com representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foram discutidas nesta segunda-feira (5) as principais propostas relativas ao programa Bolsa Família e ações na área de Assistência Social. Os dois temas somam quase 700 sugestões no Dialoga Brasil, espaço de participação digital do governo, no qual o cidadão pode apresentar sugestões para melhorar os programas federais, curtir propostas de outros participantes e conhecer as principais ações do governo.
Pelo MDS, o secretário Nacional de Renda de Cidadania, Helmut Schwarzer, e a secretária Nacional de Assistência Social, Ieda Castro, esclareceram dúvidas registradas, falaram sobre as sugestões apresentadas pelos internautas e combateram preconceitos contra a população mais pobre.
Helmut Schwarzer foi enfático ao rejeitar a hipótese de que as pessoas beneficiárias do Bolsa Família estão acomodadas por causa da transferência de renda. “Supõe-se que os beneficiários não trabalham. Isto é mito e preconceito. Cerca de 75% dos adultos do Bolsa Família estão no mercado de trabalho. É a mesma taxa das pessoas que não estão no programa”, disse.
“É um direito da pessoa receber uma transferência de renda. Não substitui a renda do trabalho, apenas complementa. As pessoas não estão deixando de trabalhar por conta disso”, afirmou Ieda Castro.
Em relação à veracidade dos dados das famílias, Helmut defendeu o princípio da autodeclaração para os inscritos no Cadastro Único, da mesma forma que ocorre em relação ao Imposto de Renda, da Receita Federal. “Quando você preenche o Imposto de Renda, você não manda nenhum documento em anexo comprovando a sua renda”, comparou.
No Bolsa Família, depois do cadastro são realizados cruzamentos de dados, incluindo informações de emprego e renda e até investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). Se necessário, as famílias são chamadas para prestar esclarecimentos.
O Dialoga Brasil é um espaço de participação digital, no qual a população pode apresentar propostas para melhorar as ações do governo federal. A plataforma está dividida em 14 temas e 80 programas prioritários.