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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Aquário do Pantanal será o grande indutor da ciência e tecnologia em MS

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20/10/2014 09h21 – Atualizado em 20/10/2014 09h21

Aquário do Pantanal será o grande indutor da ciência e tecnologia em Mato Grosso do Sul

Fonte: Notícias MS

Campo Grande (MS) – O Aquário do Pantanal, tecnicamente chamado de Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Difusão do Conhecimento sobre a Biodiversidade Pantaneira, é um empreendimento que agrega duas funções: a de ser uma forte atração turística em Campo Grande (MS) e a de ser um centro de geração e difusão do conhecimento sobre a biodiversidade de Mato Grosso do Sul, com foco principal na biodiversidade aquática.

Para cumprir suas funções, o Aquário do Pantanal foi concebido com uma arquitetura funcional com três componentes: a Galeria de Aquários; o Centro de Conhecimento e Divulgação Científica da Biodiversidade de MS e o Centro de Negócios. O governo do Estado investiu em torno de R$ 150 milhões neste empreendimento que será o marco de progresso e desenvolvimento do Estado.

A Galeria de Aquários tem finalidade turística e é nela que se concentram as atrações de base do Aquário do Pantanal. A intenção desse componente será retratar de forma sintética e objetiva toda biodiversidade dos ambientes aquáticos do Pantanal. Compõe-se de diversas unidades de aquário ou aquaterrário, sendo cada um deles um retrato da diversidade do ambiente pantaneiro.

Contará com 18 tanques internos e seis tanques externos, totalizando um volume de água de 6 milhões e 275 mil litros. Ela será habitada por aproximadamente 12.500 animais subdivididos em mais de 260 espécies (peixes, invertebrados, répteis e mamíferos). Nos tanques internos constarão temas como Veredas, Ressurgências, Rios de Cabeceira, Rios de Bonito, Rios do Pantana, Planície Inundada, Tanque de Contato, Neotrópico, Piranhas, Sucuris e a Galeria de Biodiversidade dos cinco continentes – Oceania, Europa, América, Ásia e África. Por outro lado, nos tanques externos, os quais serão ao ar livre, constarão temas como Baías, Cachoeiras, Orquidário, Banhado, Terras Alagadas, Lontras, Jacarés e Antas, bem como um playground lúdico para as crianças brincarem.

O Centro de Conhecimento e Divulgação Científica da Biodiversidade de MS será composto pelos subcomponentes Museu Interativo da Biodiversidade, pelo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Bioeconomia (Projeto Associado) e pela Biblioteca Digital da Biodiversidade.

O Aquário do Pantanal será o grande indutor da ciência e tecnologia no Estado, conforme explica o secretário estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros Said de Menezes, ao falar sobre os diversos projetos que serão desenvolvidos no novo empreendimento em construção no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, além da sua importância como atrativo turístico.

“Tão importante quanto o projeto turístico, vamos gerar tecnologias, processando o desenvolvimento real da bioeconomia, dando um passo equivalente às grandes iniciativas do chamado Primeiro Mundo, induzindo o Estado ao crescimento científico e tecnológico”, destacou Carlos Alberto. “Vamos gerar novos produtos oriundos da biodiversidade no mercado, estimulando o consumo do peixe, hoje incipiente no Estado, e transformando, com poucos investimentos, a economia hoje centrada no agronegócio.”

Centro de negócios

O centro de pesquisa vai gerar inovações tecnológicas a partir da biodiversidade e terá três laboratórios (recursos genéticos e biotecnologia, bioensaios e gestão ambiental e negócios) e linhas de produção em vários setores, como o fármaco, cujos projetos especiais terão financiamento privado. Integra este setor um centro de negócios em que os investidores terão acesso ao conhecimento aplicado sobre a biodiversidade e as potencialidades para o mercado.

“Vamos instalar aqui o maior projeto de bioeconomia do Brasil, transformando conhecimentos em novos produtos, em geração de renda e promovendo a educação ambiental. Com isso, o Estado utilizará seu maior patrimônio, que é a biodiversidade, para se desenvolver e, ao mesmo tempo, conservá-la”, destacou o secretário, acrescentando que os sul-mato-grossenses “devem ter orgulho deste grande empreendimento”.

Ciência e Tecnologia

Para o diretor da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), Marcelo Turine, o Aquário será um marco de desenvolvimento científico para o Estado.

“O Aquário do Pantanal será um ecossistema para pesquisa e inovação em Biodiversidade no Estado de Mato Grosso do Sul. O Centro de Negócios será um espaço para aproximar nossos pesquisadores (comunidade científica) das empresas com intermédio dos agentes de inovação do governo estadual. A Fundect tem papel fundamental para fomentar projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) vinculados ao Centro de Pesquisa da Biodiversidade Aquática do Pantanal e a Biblioteca Digital da Biodiversidade do Estado de Mato Grosso do Sul. A formação de recursos humanos qualificados é uma das grandes metas para o Sistema Estadual de CT&I. O governo do Estado e a Capes estão investindo R$ 3.5000.000,00 no processo de internacionalização e estruturação dos nossos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu no Estado. Os programas de doutorado em Ecologia e Conservação da UFMS e de Biotecnologia e Biodiversidade da UFMS, UCDB e UFGD terão recursos para criar cenários de projetos de pesquisa e inovação para agregar grupos de pesquisa em vários países para fomentar ações de base para o ecossistema do Aquário do Pantanal. Com essa estrutura o Aquário do Pantanal será uma referência internacional em pesquisa contribuindo para a popularização da CT&I e o desenvolvimento econômico-social do Estado”, afirmou o diretor da Fundect.

Para o professor doutor e coordenador Científico do Aquário do Pantanal, João Onofre, o empreendimento agrega conhecimento científico e traz para Campo Grande parcerias com universidades de renome internacional. Destaque para o Museu Interativo em Biodiversidade de Mato Grosso do Sul, que traz técnicas, equipamentos e interfaces inéditas no Brasil e proporcionará ao visitante uma experiência imersiva, de alta qualidade, instigante e inédita.

“Teremos um Centro de Pesquisa que vai gerar conhecimento. Teremos uma Biblioteca Digital e um Museu da Biodiversidade que realizará a divulgação desse conhecimento e no Centro de Negócios esse conhecimento será repassado para empresários com o objetivo de fomentar novos empreendimentos. Vamos transformar o conhecimento sobre as plantas e peixes da ictiofauna pantaneira num produto e, com este produto, queremos gerar economia. É um modelo inédito no Brasil. O Aquário do Pantanal possibilitará que a biodiversidade se transforme em fonte geradora de economia para Mato Grosso do Sul, trazendo avanços para o meio científico e tecnológico”, afirmou o coordenador Científico do Aquário, João Onofre.

O projeto foi desenhado para manter a tecnologia o mais transparente possível de maneira que o visitante se relacione com o conteúdo museográfico e permitirá que ele interaja com cada spot do museu de maneira intuitiva e o mais natural possível.

Conforme a apresentação do projeto (disponível no site www.semac.ms.gov.br – termo de referência), na maioria dos spots, a interface será desenhada para evitar que o visitante utilize somente interfaces tradicionais como teclados, mouses e telas multi-touch. Interfaces mecânicas com discos de metal, réguas do tempo, superfícies sensíveis e interfaces orgânicas como areia, realidade aumentada, captação de gestos e imagens serão valorizadas por se tratarem do que há de mais moderno na interação homem-máquina.

A visitação ao museu precederá a um espaço que mostrará o tempo necessário para a biodiversidade alcançar sua forma atual e mostrará a região do pantanal em sua espacialidade.

Destaque também para a Biblioteca Digital da Biodiversidade (BDBio), que reunirá todo o conhecimento disponível sobre biodiversidade pantaneira, e contará em seu acervo digital com as obras disponíveis nos sistemas estadual, nacional e internacional de bibliotecas. Além disso, seus servidores hospedarão o banco de dados e os resultados do programa Biota-MS. Com isso ela disponibilizará todas as coleções sobre a Biodiversidade de Mato Grosso do Sul, além de teses, dissertações, monografias e artigos técnicos e científicos sobre esta biodiversidade.

A BDBio terá uma área física para consultas in loco por meio de estações de trabalho (terminais computacionais), instaladas, estrategicamente, em local apropriado ao público. Assim, ela deverá ser tanto de uso local quanto remoto via internet, a rede mundial de computadores, sendo, portanto, acessível, a partir de qualquer ponto do País ou do mundo.

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