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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mobilização dos trabalhadores da Educação de Amambai continua

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23/03/2017 16h41

Em assembleia, trabalhadores avaliaram a paralisação e mantêm-se mobilizados contra a Reforma da Previdência

Fonte: Redação

“Nós [os trabalhadores em Educação] avançamos; devido às mobilizações, o governo fez mudanças na PEC/287 retirando servidores estaduais e municipais (…) apesar disso, temos que manter estado de greve, pois essas mudanças na PEC podem ser para enfraquecer o movimento; o projeto tem que ser mudado e votado com essas mudanças para ficarmos mais tranquilos”.

A avaliação é da presidente do Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação – de Amambai – de Amambai, professora Olga Tobias Mariano.

No período de 15 a 20 de março, os trabalhadores da Educação de Amambai estiveram com suas funções interrompidas; no primeiro dia, agentes penitenciários também paralisaram suas atividades. A manifestação foi em adesão ao movimento nacional contra a Reforma da Educação, proposto pela Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul – e CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

Durante assembleia geral, realizada na última segunda-feira (20), os trabalhadores em Educação nas redes públicas estadual e municipal de Amambai aprovaram suspensão da greve contra a Reforma da Previdência. A decisão foi tomada após avaliação do movimento de paralisação feita pelos trabalhadores da Educação na assembleia.

Em Amambai, a categoria participou de várias ações públicas protestando contra as perdas dos trabalhadores com a aprovação da PEC/287. No período de 15 a 20 de março, os trabalhadores realizaram manifestações, participaram de panfletagem na região central da cidade, mantiveram reuniões com autoridades do município, realizaram passeata na avenida Pedro Manvailer e, por último, na segunda-feira (20), estiveram na sessão do legislativo municipal, protestando contra os governos federal e municipal, referente a Reforma da Previdência e o não pagamento do índice de 7,64%, a partir do dia 1º janeiro, aos servidores municipais da educação, acordado entre o Sindicato da categoria (Simted – Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação – de Amambai).

Esfera Federal

Os protestos contra o governo federal são referentes às perdas com o fim da diferenciação de idade entre homens e mulheres para a aposentadoria, igualando em 65 anos para ambos, a exigência de 49 anos de contribuição para aposentadoria integral, a extinção da aposentadoria especial, o fim do regime próprio de aposentadoria, beneficiários da lei orgânica de Assistência Social e do benefício de prestação continuada poderão receber salário inferior ao salário mínimo, a pensão por morte terá cortes e deverá ser reduzida para 50%, mais 10% por dependente. Além disso, será desvinculada do salário mínimo.

Esfera Municipal

As manifestações contra o executivo municipal estão fundamentadas na falta de pagamento do índice de 7,64, indicado pelo Ministério da Educação (MEC), a partir do mês de janeiro. O executivo municipal alega falta de caixa para efetuar o repasse e que vai realizar enxugamento na folha, buscando garantir o repasse para a categoria.

Depois de várias reuniões de negociação, ficou estabelecido que no início de junho haverá novo encontro para definir um calendário de pagamento. Durante a assembleia, a categoria escolheu uma comissão, formada por representantes de cada escola, para acompanhar as medidas de contenção realizadas pela administração municipal.

Na avaliação da presidente do Simted de Amambai, professora Olga Tobias Mariano, a greve foi positiva por ter mobilizado vários segmentos da comunidade contras as medidas de retrocesso que estão sendo anunciadas pelo governo federal. “Durante a greve, foi possível envolver trabalhadores de várias categorias, estudantes e também setores da sociedade, como pequenos empresários, que também serão afetados se a reforma proposta for aprovada”, avalia Olga.

Trabalhadores da Educação de Amambai aprovando encerramento da greve e continuidade da mobilização / Foto: Moreira Produções

Na passeata realizada dia 15 pelos trabalhadores em Educação, alunos apoiaram participando e se manifestando.

Uma carreata foi realizada e teve a adesão de diversos segmentos da sociedade amambaiense que se posicionam contra a Reforma da Previdência / Foto: Moreira Produções

Trabalhadores em educação lotaram o plenário da Câmara Municipal / Foto: Moreira Produções

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