19/03/2017 10h30
Cremes e cuidados que atenuam
Fonte: Bolsa de Mulher
Melasma é uma mancha acastanhada muito comum em mulheres, visto que ocorre principalmente por alterações hormonais relacionadas ao hormônio feminino estrogênio. Porém, poucos sabem que também pode acontecer o melasma masculino. Apesar de ser muito parecido com o quadro feminino, 10% dos casos da doença afetam homens e são causados principalmente por fatores fisiológicos e ambientais.
O que é melasma?
Melasma é uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas acastanhadas, resultantes da hiperpigmentação pelo aumento da melanina, pigmento responsável por colorir a pele.
Causas
De acordo com a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Rossana Vasconcelos, os homens têm mais resistência em usar filtro solar, o que pode contribuir para o surgimento da mancha, mas existem outras causas:
Predisposição genética;
Uso de medicamentos que sensibilizam a pele ao sol ou à luz visível;
Doenças endocrinológicas que facilitam o surgimento de manchas;
Estresse (ativa genes que estimulam o corpo a produzir mais pigmentos);
Poluição (cujos tóxicos aceleram o envelhecimento da pele).
Características étnicas também podem indicar maior risco de melasma. Segundo Rossana Vasconcelos, hispânicos e asiáticos costumam apresentar estas marcas com mais frequência.
Onde aparece melasma?
Melasma no rosto
É mais comum a ocorrência na região central da face, que inclui dorso do nariz, bochechas e testa. Também há casos em que ele só é notado nas maçãs do rosto e outros em que só aparece na região da mandíbula.
Extrafacial
As manchas também podem aparecer em outras áreas do corpo, principalmente nas que estão mais expostas ao sol, como o colo e os braços.
Melasma tem cura?
A hiperpigmentação é incurável. Entretanto, ela não causa riscos e nem complicações à saúde. Todavia, quando há incômodo estético é possível seguir tratamentos clínicos e realizar procedimentos para amenizar as manchas.
Tratamento para melasma em homens
Tratamento clínico
Protetor solar
Usar protetor solar é imprescindível para prevenir e controlar o melasma. Produtos com Fator de Proteção Solar (FPS) e Persistent Pigment Darkening (PPD) altos são indicados. A primeira denominação se refere à proteção contras os raios UVB, que provocam vermelhidão e queimaduras na pele. Já o PPD evita a incidência do UVA, que gera o fotoenvelhecimento.
Além disso, é útil apostar em protetores com base, visto que eles têm partículas que refletem a luz artificial, que vem de lâmpadas e eletrônicos. Como muitos homens não gostam desse tipo de produto, a dermatologista Rossana Vasconcelos indica apostar em protetores com filtros físicos, que também possuem componentes que rebatem a luz visível.
Usar um produto com toque mais seco também é uma boa pedida para quem possui tendência à oleosidade na pele, pois essa formulação maximiza o poder aderente e não faz com que o produto seja removido pelo óleo.
Fotoprotetor oral
De maneira complementar, podem ser indicados fotoprotetores orais, que são antioxidantes ou vitaminas que reduzem a sensibilidade da pele aos raios ultravioleta.
Pomada ou creme clareador
Outro tratamento para melasma em homens baseia-se no uso de substâncias com poder clareador, como vitamina C e ácidos. Todavia, apenas um dermatologista saberá indicar qual é a melhor opção para cada paciente, assim como os cuidados necessários, visto que alguns métodos podem irritar e manchar a pele se forem aplicados sem os devidos cuidados.
Procedimentos estéticos
Prevenção
De acordo com Rossana, a maioria dos homens têm dificuldade de inserir tratamentos tópicos na rotina. Assim, alternativas com respostas mais rápidas são os procedimentos estéticos com lasers, peelings, luz pulsada e microagulhamento. “Eles podem começar com esses métodos e depois fazer a manutenção com clareadores”, explica a especialista.
Os cuidados para prevenir e evitar a reincidência do melasma após o tratamento são os mesmos tanto para homens quanto mulheres: usar protetor solar com fator alto, não se expor à luz solar em horários em que há maior incidência de radiação (das 10 às 16 horas) e também apostar em bloqueadores como chapéus, bonés, viseiras e óculos.
