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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Dilma sobre Santander: “inadmissível, lamentável”

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28/07/2014 16h06 – Atualizado em 28/07/2014 16h06

Dilma sobre Santander: “inadmissível, lamentável”

Fonte: Brasil 24/7

A presidente Dilma Rousseff classificou como “inadmissível” e “lamentável” a atitude do banco Santander, que emitiu um comunicado aos clientes de alta renda alertando para o risco à economia brasileira, caso Dilma vença as eleições. “É inadmissível, lamentável, para qualquer candidato”, afirmou a presidente, durante sabatina promovida por Folha, Uol, SBT e Jovem Pan.

Dilma disse que terá “atitude bastante clara em relação ao banco” e afirmou ter considerado o pedido de desculpas da instituição como “bastante protocolar”. Questionada se pretendia processar o banco, respondeu que irá “conversar primeiro” a respeito. “Eu conheço bastante bem o CEO do banco, pretendo conversar a respeito”, acrescentou, sobre o presidente mundial, Emilio Botín, que é recebido com frequência no Palácio do Planalto.

No comunicado, o Santander disse que a reeleição da Dilma seria prejudicial à economia. No pedido de desculpas, afirmou: “a instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação”. Emilio Botín tentou minimizar a responsabilidade da instituição: “não foi o banco, foi um analista”.

Privatização

Ao falar sobre economia, afirmou que “a inflação ficará abaixo do limite superior da meta, numa trajetória decrescente”. Questionada se admitia erros na área econômica, e que se por isso promoveria mudanças, disse que não se faz mudanças porque errou, mas porque “precisa sempre querer alterar e melhorar as coisas que faz”.

A presidente atribuiu a “jogo político” o fato de o PSDB apontar que o governo do PT promove privatizações. “O que nós fizemos é concessão, eles [os prestadores de serviço] têm prazo para devolver. É por isso que as pessoas se equivocam. Ninguém pode achar que [o serviço] é da pessoa eternamente, ao fim do prazo eles me devolvem. Privatização não existe devolução”.

Rejeição

Dilma atribuiu a rejeição ao seu governo, especialmente no estado de São Paulo, ao “desconhecimento” sobre muitos programas realizados pelo governo federal. E acrescentou que pretende “esclarecer bastante” o eleitorado durante o horário político eleitoral, a partir de agosto. Ela lembrou que outros candidatos a presidente, em eleições passadas, tinham índice similar de rejeição nesse período da campanha. Segundo o último Datafolha, divulgada na semana passada, a rejeição ao governo Dilma é de 35% no País.

“Chantagem”

A candidata à reeleição pelo PT disse não ter se sentido chantageada, “de maneira alguma”, pelo PR, que pediu a substituição do ministro dos Transportes em troca de apoio à sua candidatura. Dilma disse que o novo ministro, Paulo Sérgio Passos, “já estava acompanhando todo o processo dos transportes” e que César Borges, que não era aceito pelo partido, pode dar agora uma “grande contribuição” na área dos portos, para onde foi transferido.

Israel comete “massacre”

Ao comentar o conflito entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza, Dilma classificou os ataques israelenses de “ação desproporcional” e “massacre”, mas negou que seja um “genocídio”. A presidente lembrou que o Brasil tem “uma relação bastante antiga de amizade com Israel” e que defende “os dois estados”, dos israelenses e dos palestinos. Segundo ela, episódios como o da morte dos jovens israelenses “têm que acabar”, mas o fato não pode resultar em mortes de crianças e idosos.

Dilma lamentou as palavras do porta-voz da chancelaria de Israel, Yigal Palmor, que chamou o Brasil de “anão diplomático”, e afirmou que “elas produzem um clima muito ruim”. Dilma evitou comentar, no entanto, se acredita que ele falava em nome do governo. “Não cabe a mim especular”. Apesar do gesto diplomático brasileiro de ter convocado o embaixador em Tel-Aviv, Dilma afirmou que “não houve momento de ruptura” com Israel e que ele retornará “no momento oportuno”.

Mais Médicos

Questionada sobre a opinião do candidato do PSDB, Aécio Neves, em relação ao programa Mais Médicos, falou em “despropósito”. Ao ser sabatinado, no último dia 16, o tucano disse que mudaria o modelo de contratação dos médicos cubanos, que têm parte do salário recebido por meio do governo da ilha. “Vamos financiar os médicos cubanos, e não o governo cubano”, disse na ocasião. Hoje, Dilma rebateu: “Em pleno século XXI, essa posição fundamentalista sobre Cuba é um despropósito”.

Presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), candidata a reeleição / Foto: Diovulgação

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