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terça-feira, 7 de maio de 2024

Dia do Policial Civil é comemorado por aqueles que têm orgulho em proteger

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21/04/2018 10h35

Fonte: Redação

Amambai (MS)- “O cara que é picado pelo mosquitinho da polícia, não sai mais, vira paixão”, disse o delegado de Policia Civil em Amambai, Mikaill Alessandro Gouveia Faria no dia em que se comemora o Dia do Policial Civil, que é celebrado anualmente em 21 de abril no Brasil.

Esta data homenageia o órgão responsável pela segurança da população e a manutenção da ordem pública, seguindo as leis e normas de boa conduta em sociedade.

A criação do Dia da Polícia Civil é uma homenagem à figura de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), o patrono das polícias brasileiras.

O Policial Civil em Amambai

Em Amambai eles são 20. Homens e mulheres que são imbuídos na missão de elucidar crimes e proteger a população.

“O sentimento que você tem quando consegue ajudar uma vítima em um momento difícil onde ela recorreu a você, ou quando você descobre a autoria de um homicídio tenebroso e vê que o autor foi preso, julgado e condenado, é muito bom, é indescritível”, afirma o delegado.

Principais demandas

Em Amambai, segundo o delegado, as principais demandas são a violência doméstica e o tráfico de drogas.
“O número de denúncias de caso de violência doméstica tem aumentado muito nos últimos anos em Amambai, mas não que os casos estejam aumentando, mas é que agora, as vítimas estão tendo coragem de denunciar”, disse Mikail.

Sobre o tráfico de drogas, o delegado explica que Amambai é um tipo de corredor para o tráfico de drogas no Brasil, o que não prejudicaria tanto o município caso não houvesse o aliciamento de jovens amambaienses. “Amambai é corredor e a minha preocupação é quando aliciam jovens amambaienses a entrarem para o mundo das drogas, porque o cara deixa de trabalhar, de estudar, de obedecer os pais (…) se fosse apenas passagem de drogas, isso não prejudicaria cidadã, mas a partir do momento que alicia os nossos jovens, a nossa gente de bem, eu entro em ação, porque isso eu não aceito”, garantiu Mikaill.

Dificuldades enfrentadas

Para o delegado, a maior dificuldade enfrentadas pelos policiais civis é a falta de recursos, tanto humanos quanto materiais. “é uma problemática geral, falta recurso na saúde, na educação e na segurança pública não é diferente. Isso faz com que N coisas aconteçam: o serviço não anda como a gente gostaria…se cria frustrações, desesperanças, mas não se pode deixar a peteca cair, temos que lutar contra isso e continuar fazendo o nosso melhor”, afirma.

“Em compensação, quando no meio de tudo isso, você vai bolando hipóteses de acordo com as evidências é muito bom, mas quando você vê que está errado e consegue perceber isso para aceitar, é melhor ainda”, pondera o delegado.

Periculosidade

O enfrentamento do perigo é inerente à função desses profissionais. Um caso recente que demonstra isso é a morte do policial civil de Ponta Porã, Wescley Vasconcelos, que no dia 6 de março foi executado com pelo menos 30 tiros de fuzil em emboscada no caminho entre a delegacia onde ele era lotado e a casa dele.
O delegado de Amambai, que era amigo de Wescley e ajudou na investigação, que até o momento já resultou na prisão de dois envolvidos, afirma que um caso como esse mexe com as estruturas de toda a instituição.

“Com uma situação com essa, a gente se sente muito vulnerável, mas mesmo assim trabalhamos e nossa resposta foi rápida, porque eles mexeram com toda a instituição, eles não mataram apenas uma pessoa, eles arrancaram um irmão nosso e vamos fazer justiça”, explicou.

Apesar disso, o delegado afirma que se sente tranquilo em Amambai. “A gente sabe que nossa profissão tem risco, mas Amambai é uma cidade tranquila, claro que temos que ter sempre um olho na nuca e nunca achar que temos peito de aço, porque isso a gente não tem, eu falo que sempre tem um louco mais louco que você e por isso a gente tem que ficar esperto, mas Amambai é tranquila em relação a outras cidades e faz com que eu me sinta seguro aqui”, ressaltou.

Mikaill é delegado de polícia há quatro anos / Foto: Moreira Produções

Dia do Policial Civil é comemorado por aqueles que têm orgulho em proteger

Wescley tinha 37 anos e foi morto em março de 2018 / Foto: Divulgação

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