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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Grupo que valoriza a cultura indígena se apresentou em Amambai

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27/02/2018 09h17

Mborahéi Rapére – Pelas Trilhas do Canto é um espetáculo desenvolvido pelo coletivo Veraju e visa enaltecer a cultura indígena, que apesar de presente, é pouco conhecida em MS.

Fonte: Redação

Amambai (MS)- Um misto de sentimentos tomou conta do auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), de Amambai na noite dessa segunda-feira (27), enquanto o coletivo Veraju apresentava o espetáculo “Mborahéi Rapére – Pelas Trilhas do Canto”.

Um espetáculo cheio de sentimento, magia, mistério e que, sobretudo, levou conhecimento sobre a cultura indígena aos acadêmicos e às pessoas da comunidade que estiveram prestigiando as apresentações, que foram de tirar o fôlego.

“Mborahéi Rapére – Pelas Trilhas do Canto” é uma releitura de cantos indígenas, em especial os dos Kaiowá, explorando diversas possibilidades harmônicas, rítmicas, melódicas e cosmológicas dessas canções, razão pela qual o trabalho cênico-musical se desenvolve também com base em mitos e danças indígenas, considerados tradicionais pelas comunidades.

A percepção Guarani e Kaiowá da realidade esteve presente do começo ao fim do espetáculo e introduziu o público nos caminhos da palavra-cantada, nos seus símbolos e significados, nas reivindicações que elas exprimem, na beleza. O repertório incluiu cantos dos grupos étnicos Mbyá, Huni Kuin, Shipibo e Krahô, aprendidos através não só de pesquisas, mas de vivência com os povos indígenas.

De acordo com o Superintendente do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), Ricardo Maia dos Santos, que esteve na apresentação do coletivo, o Governo do Estado, através do FIC se sente honrado em contribuir com um projeto de tamanha relevância para o crescimento cultural de MS. “Estamos sempre lutando para que projetos como este tenham visibilidade em todo o estado, porque contribui muito com o crescimento cultural (…) eu realmente estou impressionado com o espetáculo, vocês fizeram muito mais do que eu esperava”, afirmou Ricardo.

A professora da UEMS, Célia Fóster, que foi a intermediadora para o evento vir a Amambai, agradeceu ao grupo e ressaltou a importância de trabalhos que se estendem além das paredes da universidade. “É muito lindo ver que para que vocês pudessem demonstrar todo esse sentimento, vocês tiveram que de fato vivenciar experiências e isso engrandece ainda mais o projeto de vocês”, disse ela.

Para a acadêmica do 1º ano de Ciências Sociais, Simone Silva, a apresentação trouxe um misto de sentimentos, que permeou entre o medo do desconhecido e o encantamento com a apresentação. “No início eu fiquei com um pouco de medo, porque era algo que eu não conhecia, mas com o decorrer da apresentação, a gente vai se entregando ao sentimento bom que causa”, afirmou Simone.

Como surgiu

De acordo com a professora Graciela Chamorro, orientadora do grupo, a iniciativa surgiu dos projetos “Cantos e Danças Indígenas” e “Música Indígena no Palco”, que reuniu artistas, professores e estudantes das Artes e da História Indígena, com interesse na música local.

O encontro e a partilha entre estas pessoas e as comunidades indígenas Guarani e Kaiowá de Dourados e Douradina resultou em uma criação colaborativa que proporcionou um diálogo entre a matriz cultural indígena e as linguagens do circo, do teatro e da performance.

Agenda

O grupo ministrará também oficinas em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Assunção, sobre as práticas corporais e vocais que deram corpo ao trabalho cênico, frutos das danças e dos cantos indígenas em composição com os conhecimentos e técnicas corporais do grupo. Tais ações fazem parte, junto com o espetáculo, do projeto de circulação premiado pelo FIC 2015/2016.

Veja algumas fotos da apresentação:

A iniciativa surgiu dos projetos

Superintendente do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), Ricardo Maia dos Santos,

O grupo ministrará também oficinas em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Assunção / Foto: Moreira Produções

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