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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Fiems discute soluções para destinação dos resíduos sólidos nos municípios

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16/09/2014 15h59 – Atualizado em 16/09/2014 15h59

Fonte: Fiems

Durante a abertura do Seminário sobre Resíduos Sólidos para debater a nova política nacional de gerenciamento de resíduos no País e os efeitos dela em Mato Grosso do Sul, realizado nesta terça-feira (16/09), no auditório térreo do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), pelos conselhos temáticos permanentes de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) e de Meio Ambiente (Coema) da Fiems, o presidente Sérgio Longen reforçou que apenas 8 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul estão com seus aterros sanitários em funcionamento e, por isso, a importância de discutir o tem na busca da construção de cidades mais sustentáveis.

“Hoje, apenas Três Lagoas, Naviraí, Alcinópolis, Taquarussu, Aquidauana, Dourados, Jateí e Laguna Carapã estão adequadas à nova política nacional de resíduos sólidos e esse cenário precisa ser melhorado. Nesse sentido, Fiems tem atuado para criar uma política motivacional por meio da concessão de benefícios fiscais às empresas que estão investindo na gestão ambiental e, dessa forma, evoluímos para um cenário positivo”, declarou Sérgio Longen.

Para o presidente da Fiems, o Seminário deve contribuir com as Prefeituras Municipais e com os órgãos envolvidos na temática para que se encontre uma solução para o problema da destinação dos resíduos. “A Fiems entende que essa responsabilidade deve ser compartilhada com toda a sociedade, incluindo o setor industrial para que juntos possamos construir cidades sustentáveis”, ponderou.

Segundo o presidente do CDTI da Fiems, Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, a palavra de ordem para o desenvolvimento é a sustentabilidade. “A lei estabelece a responsabilidade do gerador do resíduo e a correta destinação final dos rejeitos, que são os resíduos sólidos”, disse. Já o presidente do Coema da Fiems, Isaias Bernardini, disse que o Sistema Fiems trabalha com temas ambientais sintonizados com a CNI. “Fazemos uma ponte entre ações o Coema Nacional, a necessidade da Federação e dos empresários para resolver o problema dos resíduos que envolve todos os setores”, disse.

O superintendente do Imasul (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), David Lourenço, acredita que o caminho é o desenvolvimento circular, no qual os fatores de produção possam ser reutilizados para voltar ao processo, com um ganho na economia e na sustentabilidade. “É uma logística reversa em que o responsável cuida para que o bem não se torne poluidor, mas possa gerar outros rendimentos”, reforçou.

Para o engenheiro sanitarista e ambiental da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Neif Salim Neto, citou números para mostrar a importância do planejamento da gestão ambiental. “Hoje, o volume gerado por dia em Mato Grosso do Sul tem 56% de matéria orgânica, que pode ser transformada em adubo, 25% de recicláveis e 19% de rejeitos”, disse.

Palestras

Durante o encontro, o promotor de Justiça Eduardo Candia, do Núcleo Ambiental da Procuradoria Geral de Justiça, ministrou a palestra “Aplicação da Lei dos Resíduos Sólidos em MS”, em que ressaltou que a destinação adequada depende de um plano de gestão integrado para a concretização do aterro sanitário concomitante a usina de processamento de lixo. “Essas medidas evitariam o aterramento de resíduos que tem poder econômico e que podem ser reaproveitados”, disse.

Já o presidente do Conselho de Administração do Instituto Socioambiental do Brasil, Rubens Maluf, falou sobre o gerenciamento das sobras das atividades econômicas. “Para avançar, os municípios precisam de projeto de lei referente ao uso de área pública e processamento do resíduo coletado, além de termo de parceria (decreto 3100/10), termo de cooperação técnica e operacional, assim como um programa sócio-educacional contínuo”, pontuou.

O representante do Conselho Consultivo do Centro Nacional de Referência em Biomassa, José Roberto Moreira, ministrou palestra sobre “Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia”. Para ele, a biomassa tradicional ainda é uma importante fonte de energia em países em desenvolvimento, inclusive no Brasil. “O potencial mundial de produção de energia a partir da biomassa é muito grande. O uso da biomassa para essa finalidade é muito importante para mitigar os riscos das mudanças climáticas”, afirmou.

Ainda durante o Seminário, foi realizado o painel “O licenciamento ambiental e o desenvolvimento”, em que o tema foi discutido entre os participantes. Além disso, no saguão do térreo do Edifício Casa da Indústria foi montada uma pequena exposição de empresas ligadas à questão ambiental para que demonstrassem tecnologias e cases de sucesso.

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