06/11/2017 09h08
O termo “deficiência auditiva foi amplamente usado, porém é diferente de surdez. Apesar da confusão, o MEC emitiu uma nota afirmando que a redacão que conter a expressão não será avaliada como fuga do tema
Fonte: Redação
Amambai (MS)- O tema da redação do Enem 2017 pegou muitos estudantes de surpresa durante a aplicação da primeira etapa da prova neste domingo (5). Os alunos tiveram que dissertar sobre “Os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.
Muitos dos estudantes buscando aperfeiçoar sua redação usaram o termo “deficiente auditivo” como sinônimo de “surdo”. Mas para sua infeliz surpresa, os termos não são sinônimos.
“Eu usei deficiente auditivo porque para mim, assim como para muitos estudantes que realizaram a prova, a surdez e a deficiência auditiva eram a mesma coisa (…) o que me conforta é saber que não foi só eu que usei esse termo”, disse o estudante de Amambai Guilherme Ricardo, que prestou Enem neste domingo. Guilherme é o retrato de grande parte dos estudantes amambaienses, que se confundiram na hora de dissertar e usaram o termo.
Mas qual é a diferença?
Segundo o site de uma empresa especializada em aparelhos auditivos, a deficiência auditiva é uma perda adquirida, ou seja, é quando se nasce com uma audição perfeita e devido a lesões, doenças ou hábitos maléficos, a mesma se perde. … Já a surdez advém de origem congênita, ou seja, a pessoa nasce surda, não tendo a capacidade de ouvir nenhum som.
MEC afirma que redações não serão zeradas
O Ministério da Educação divulgou nas redes sociais no início desta tarde uma nota para tranquilizar os estudantes, confira na íntegra abaixo:
“#Enem I Mencionou as seguintes palavras “Deficiência Auditiva”, “Portador com Deficiência”, “Surdez” ou similares na sua proposta de redação do Enem 2017?
Fique tranquilo! Sua proposta de redação não será considerada como fuga temática, mas poderá perder pontos na competência gramatical da prova de redação do exame, dependendo da contextualização de sua proposta na folha oficial de redação.
As palavras citadas acima possuem diferença, mas tem o mesmo sentido da proposta do Exame Nacional do Ensino Médio.”
