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terça-feira, 14 de maio de 2024

Pressionado, Internacional estuda rebaixamento do gramado para agradar à Fifa

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A participação do Beira-Rio na Copa de 2014 começou a ser ameaçada anteontem, quando o Internacional, proprietário do estádio, foi informado de que a Fifa mudou sua orientação quanto ao projeto aprovado em julho.

A entidade agora faz novas exigências e pede que o gramado seja rebaixado em até 80cm para eliminar pontos cegos na arquibancada inferior –questão tratada até o momento como secundária pelos técnicos do COL/2014 (Comitê Organizador Local).

A obra faria o custo do estádio saltar dos atuais R$ 150 milhões para algo em torno de R$ 200 milhões ou R$ 350 milhões. A complexidade diz respeito ao local do estádio, construído às margens do rio Guaíba sobre um lençol freático, o que exigiria intervenções pesadas.

Para evitar o aumento de custo, o clube vai sugerir à Fifa uma solução alternativa. “É muito mais fácil elevar a arquibancada. Isso vai diminuir dois ou três mil assentos. Mas talvez seja mais barato. Só faremos o rebaixamento do gramado em último caso”, afirma o vice-presidente de Patrimônio do Internacional, Emídio Ferreira.

Segundo o dirigente, o Beira-Rio foi reprovado no teste de visibilidade em meados de julho, depois que a Fifa decidiu aumentar em 10 centímetros (para 1m) as placas de publicidade para 2014 –mudança que ajudou a aumentar o custo do Maracanã de R$ 600 milhões para R$ 705 milhões.

Para evitar mico semelhante ao da Copa de 2010, em que as primeiras fileiras dos estádios ficaram cobertas por lonas por falta de visibilidade, a Fifa endureceu as exigências para o Mundial brasileiro.

O Internacional tem 10 dias para apresentar ao COL/2014 as soluções técnicas e o orçamento do rebaixamento do gramado. “Vamos deixar alocado no orçamento o valor referente ao rebaixamento. Se precisar ser feito, será feito”, afirma Pedro Affatato, vice-presidente de Finanças do clube.
Na África do Sul, fileiras cobertas devido a placas de publicidade (crédito: Arquivo)
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No entanto, o próprio dirigente reconhece que a solução exigida pela Fifa pode ser inviável economicamente. Nesse caso, o Inter espera convencer a entidade a aceitar alternativas como a cobrança de ingressos mais baratos para os locais com visibilidade pior.

Grêmio
Com o Beira-Rio na berlinda, o secretário da Copa no Rio Grande do Sul, Eduardo Antonini, já sugeriu um plano B: o novo estádio que a OAS constrói para o Grêmio na zona norte de Porto Alegre. “A possibilidade de o Beira-Rio ser descredenciado existe. Mas a solução está nas mãos do Inter”, afirma Antonini.

Além de coordenador do Mundial, Antonini é um dos idealizadores da Grêmio Arena e deve voltar à gestão do projeto a partir de janeiro, quando haverá troca no comando no clube.

Além da questão do rebaixamento, Antonini diz que a Fifa está “receosa” quanto ao financiamento das obras do Beira-Rio, que se baseia na venda antecipada de camarotes ao valor de cerca de R$ 1 milhão.

“Não é 100% certo que os camarotes serão vendidos a tempo”, diz secretário. “O Internacional prefere este modelo. A Fifa entende que é bom para o Inter, mas não é bom para a Fifa.”

Fonte: Portal Copa 2014

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