17/01/2012 08h39 – Atualizado em 17/01/2012 08h39
Fonte: Brasil 247
Principal nome do atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres, o jamaicano Usain Bolt terá a missão, em 2012, de defender as três medalhas de ouro que conquistou para seu país em 2008, na Olimpíada de Pequim. Em intensa preparação na Jamaica, o “homem mais rápido do mundo”, como ficou conhecido naquele Mundial, pode diminuir ainda mais sua marca de 9s58. Especialistas em atletismo preveem que, se isso acontecer, ele certamente será o melhor corredor da história. Mas a tarefa não é fácil: ele terá que bater os conterrâneos Yohan Blake, campeão mundial, e Asafa Powell, além do sempre perigoso americano Tyson Gay, que apesar de estar longe dos holofotes, pode surpreender a todos.
Antes de Bolt quebrar por três vezes sua própria marca mundial nos 100m rasos, o detentor do título de homem mais veloz do mundo era de Powell. Em 2005, o jamaicano. Em 2005, o jamaicano havia atingido a marca de 9s77 e, dois anos depois, diminuiu seu tempo para 9s74. A facilidade como Bolt ganha a mais nobre prova do atletismo impressiona a todos. A University of South Australia concluiu, por meio de um estudo sobre o atleta, que ele é um corredor perfeito. “Ele é perfeitamente projetado para passos longos e movimentos rápidos. A parte de baixo de sua perna com relação à de cima é bem longa. O comprimento da perna toda em relação ao corpo todo também é longa”, analisa o professor de Ciência do Exercício, doutor Kevin Norton.
Usain Bolt conquistou sua fama mundial em Pequim, quando tinha apenas 22 anos de idade e estava prestes a conquistar o mundo. Ainda desconhecido, o jamaicano não se intimidou ao correr ao lado das estrelas Asafa Powell e Tyson Gay, principais favoritos a conquistar a medalha de ouro nos 100m livres. Bolt não só esteve no lugar mais alto do pódio, como bateu o recorde mundial, que já era dele, e encantou todo o mundo com seu jeito irreverente de comemorar suas vitórias – apontando a mão para o céu com o corpo inclinado para trás –, que virou marca registrada do jamaicano.
Naquela mesma Olimpíada, o jamaicano venceu, mais uma vez com tranquilidade, e bateu novamente uma marca mundial, fato que em 12 anos ninguém foi capaz nos 200m livres. De quebra, ele ajudou a Jamaica a conquistar o ouro no revezamento 4x100m. Ao ser perguntado sobre seus limites, à época, Bolt disparou: “Sempre há limites. Eu não conheço os meus”.
Além de recordes, Bolt quebrou um esteriótipo no atletismo mundial. O jamaicano conta com um porte físico parecido com o de um jogador de basquete: 1,96 metro e 86 quilos. O fato é um visto como um marco nas provas mais velozes do atletismo. Antes, imaginava-se que um atleta tão alto não conseguiria uma aceleração rápida o suficiente para vencer os 100m, a prova mais rápida do atletismo mundial. Bolt é dono de dois recordes mundiais, o dos 100m livres, com a marca de 9s58, e o dos 200m livres, com 19s19.
Em 2011, havia muita expectativa sobre mais um show de Usain Bolt no Campeonato Mundial de Daegu, na Coréia do Sul, que ocorreu em setembro, mas o jamaicano decepcionou a crítica mundial. Na tão esperada final dos 100m livres, ele não esperou o tiro do juiz para disparar e queimou a largada. Com o novo regulamento, Bolt teve que ser desclassificado da prova, dando espaço para o compatriota Yohan Blake conquistar o título mundial. Na prova dos 200m livres, o jamaicano se redimiu e, com a mesma tranquilidade de sempre, faturou o bicampeonato mundial da modalidade.
Em Bruxelas, na Bélgica, Usain Bolt conquistou o seu maior objetivo na temporada: a melhor marca do ano na prova dos 100m livres. Com o tempo de 9s76, o recordista mundial venceu última etapa da Diamond League encerrando o trauma do mundial de Daegu, marca que o ajudou a ganhar pela terceira vez o prêmio de melhor atleta do ano pela Federação Internacional de Atletismo, a Iaaf. Daqui pouco mais de cinco meses, o atleta pode registrar uma marca digna de receber o quarto prêmio e ser, então, o maior corredor da história do atletismo.
