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quarta-feira, 7 de maio de 2025

“Extra! Extra! Hoje é seu dia, Jornaleiro.”

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15/08/2013 16h10 – Atualizado em 15/08/2013 16h10

Fonte: Rodrigo Costa de Souza / Da Redação

Amambai (MS) – Nesta quinta-feira (15) é dia de homenagear os jornaleiros, profissionais que enfrentam chuva e sol, responsáveis por nos trazer à nossas portas diariamente as notícias e fatos do mundo.

O fato é que, pensando em jornaleiro, logo lembramos dos gritos de “Extra! Extra!” que anunciam de longe as últimas notícias para irmos comprá-las.

Jornaleiro é uma figura muito importante quando se trata de jornal impresso. É, tanto o profissional que fica em bancas vendendo todo tipo de materiais informativos como periódicos, jornais e revistas, quanto os profissionais que trabalham na entrega do jornal, de casa em casa. Estes profissionais que geralmente são adolescentes ou jovens.

A profissão é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e sua descrição está relacionada na Classificação Brasileira de Ocupações. Os jornaleiros que ficam em bancas e os que ficam andando pelas ruas estão incluídos como ambulantes.

Para as pessoas que pensam que ser Jornaleiro é fácil, não conhecem as dificuldades diárias dos mesmos que trabalham sol a sol, debaixo de chuva ou com frio intenso.

História

Especula-se que a profissão de jornaleiro já acontece há, aproximadamente, 150 anos em nosso país. No princípio, o papel de distribuir os jornais cabia aos negros escravos, que os vendiam pelas ruas enquanto gritavam as principais manchetes do dia como modo de atrair a atenção dos transeuntes. O primeiro jornal a ser vendido avulso foi o “A Atualidade”, em 1858.

Por volta de 1910, os caixotes evoluíram para estruturas de madeira mais complexas. Já na década de 50, as bancas de madeira começaram a ser substituídas por outras, de metal, perdurando os periódicos até os dias de hoje nos mesmos moldes. Atualmente, as bancas contam com os mais diversos recursos da tecnologia, como ar refrigerado, piso em mármore, entre outros, sempre visando o bem-estar dos clientes.

Em Amambai

Amambai tem profissionais jornaleiros que, durante as manhãs, saem distribuindo as notícias diárias, e neste dia, procuramos saber sobre suas histórias.

Daniel Marcelo, jornaleiro do Correio do Estado, trabalha com venda de jornais desde que o Correio do Estado era preto e branco e como entregador há dois anos.

Daniel conta que trabalha de domingo a domingo, mesmo que esteja frio ou chovendo.Daniel conta que o método que usa para entregar jornais em dias frio e chuvoso é usar uma capa reforçada, uma jaqueta de couro e luvas que são essenciais para protegê-lo.

O jornaleiro nos conta um fato que vivenciou em sua profissão e diz:

“Quando era mais novo entregava de “bike”, amarrava com elástico os jornais na garupa, à medida que ia entregando os jornais tinha que ir apertando o elástico. Me lembro de algumas vezes que eu deixava de apertar e voava jornal pra todo lado”.

Conversamos com Cesar Daniel Souza, de 16 anos, que entrega o jornal O Progresso há sete meses, de segunda a sábado.

Perguntado sobre o que acha da profissão e ele disse que é tranquila.

Daniel trabalha de manhã e estuda no período noturno. Perguntamos sobre seu rendimento escolar e o mesmo informou que após virar jornaleiro suas notas até melhoraram.

"Extra! Extra! Hoje é seu dia, Jornaleiro."

"Extra! Extra! Hoje é seu dia, Jornaleiro."

Daniel Marcelo, jornaleiro do Correio do Estado.

Adolescente jornaleiro, Cesar Daniel Souza.

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