20/10/2013 09h00 – Atualizado em 20/10/2013 09h00
Fonte: Craked
“A vida imita a arte” é um pensamento digno de contemplação, exceto quando se trata de filmes de terror e seus assassinos. Aí ele é capaz de provocar graus indescritíveis de desconforto.
O cérebro humano, que foi capaz de criar a 9ª Sinfonia e mandou o homem à lua, é o mesmo que surgiu com a bomba atômica. E, em níveis individuais, o cérebro humano também foi responsável pelas atrocidades inimagináveis descritas a seguir. E é com base nos exemplos abaixo que o autor deste texto defende que o maior indício de que existe vida inteligente fora da terra é que eles não querem entrar em contato conosco de jeito nenhum.
Rodney Alcala, o assassino estuprador que venceu um game-show para casais
Conheça Rodney Alcala, que se encontra atualmente no corredor da morte em San Quentin pelo assassinato de cinco mulheres nos anos 70. A coisa não para por aí: Alcala também admite ter cometido mais 30 assassinatos e é indiciado por mais uma série deles em Nova Iorque. E se esta apresentação ainda não fez você querer agradecer em silêncio todas as noites à Penitenciária de San Quentin pelo favor de mantê-lo longe de basicamente qualquer contato humano até o dia de sua morte, ainda tem mais. Acredita-se que Alcala seja responsável por mais 130 assassinatos ao redor dos EUA.
Não fossem estas razões suficientes para ele inaugurar esta lista, há um motivo pelo qual Rodney Alcala sempre será lembrado: na época em que cometia sua série de assassinatos, ele também foi participante do game show “The Dating Game”. Isso aí. E se eu dissesse que ele ganhou?,
O game show, exibido na ABC na década de 70, baseava-se numa premissa simples: a candidata faria uma série de perguntas aos três candidatos, que se encontravam escondidos de sua visão. Aquele que mais se adequasse às suas perguntas seria o escolhido. Em 1978 Rodney conseguiu entrar no programa, apesar de ter sido condenado por estupro e acusado de abuso sexual. O apresentador do programa, Jim Lange, apresentou Alcala como fotógrafo, o que pode parecer tétrico pelo fato de que Alcala atraía muitas de suas vítimas sob o pretexto de ser um fotógrafo profissional e de milhares de fotos de suas vítimas terem sido encontradas em sua residência durante as investigações. E, durante o programa, esse partidão seguiu respondendo todas as perguntas de uma professora de teatro do Ensino Médio chamada Cheryl Bradshaw, que de alguma forma o achou o candidato mais interessante dos três. Confira só o diálogo de gelar a espinha:
Cheryl: Candidato nº 1… Qual seu horário favorito?
Alcala: O melhor horário é à noite. Durante a noite.
Cheryl: Por quê você diz isso?
Alcala: Porque é o único horário que há.
Cheryl: O que há de errado com a manhã, tarde?
Alcala: Bem, eles são OK, mas à noite é quando realmente fica bom.
Cheryl: Sou uma professora de teatro, e vou testar cada um de vocês para minha… aula particular. Candidato nº 1, você é um velho safado. Segura essa!
Alcala: Uuuuuunnnnnhhh Vem cá… aqui! Grrrrrrrrrrr rrrrrraaaaarrrr
Cheryl: Estou te servindo para o jantar. Como você se chama e como você é?
Alcala: Eu sou a banana, e sou bem bonito.
Cheryl: Você poderia ser mais detalhado?
Alcala: Me descasque!
O vídeo acima mostra cerca de 5 minutos dessa conversa. Para a sorte de Cheryl, que aparentemente tem um péssimo gosto para homens, o passeio que o programa promoveu entre os dois não deu certo e nada aconteceu.
Grady Franklin Stiles Jr. – o Garoto Lagosta que foi monstro por opção
O que falta para Grady Stiles, ou “O garoto lagosta”, em quantidade de crimes cometidos, sobra em bizarrice. Ele sofria de uma anomalia congênita chamada Ectrodactilia, que era algo comum em sua família.
A deformidade nunca foi um motivo de tristeza para os membros da família, que logo lhe deram uma função: o showbusiness das aberrações. E o caso de Grady era ainda mais impressionante, já que não eram apenas suas mãos que tinham a forma de garras, mas também seus pés. Seu pai, que há um bom tempo estava no ramo dos shows, colocou Grady para trabalhar aos 7 anos, sob a alcunha de “Garoto Lagosta”.
Quando adulto, Grady se casou com outra atração chamada Mart Teresa Herzog. Os registros dão conta de o garoto lagosta ser um monstro, e isso não se devia de forma alguma a seus problemas genéticos. Tratava-se, na verdade, de um homem ruim, temperamental e violento, além de viver constantemente alcoolizado. Grady era física e mentalmente abusivo para com sua esposa e seus quatro filhos (dois dos quais também carregavam o defeito genético). O mesmo defeito genético que o impedia de andar com as pernas o fez usar constantemente os braços, de modo que a parte de cima de seu corpo tornou-se extremamente forte e musculosa, permitindo-o dar dolorosos socos, beliscões, cabeçadas e estrangular qualquer um que o irritasse. Não apenas isso, mas o menino lagosta gabava-se de que todo mundo que teve sexo com ele queria fazer sexo-lagosta com suas garras.
Quando uma de suas filhas que não tinha a anomalia genética foi pedida em casamento, Grady ficou mordido de ciúmes e, na noite do casamento, assassinou o noivo a tiros de espingarda (como ele foi capaz de segurar e disparar a arma é algo que não consta nos registros). Mesmo após ter admitido e não demonstrado remorso algum pelo crime, Grady foi solto da mesma forma após ter sido sentenciado a 15 anos de prisão.
Sua esposa, que o largou e casou com outro logo depois, tendo dado a luz uma filha, ainda assim decidiu voltar para seus braços. Como era de se supor, os modos de Grady não mudaram nem um pouco, e foi apenas uma questão de tempo para ele ameaçar matar Mary e sua família. Para não correr esse risco, Mary pagou 1,500 dólares um trabalhador do circo para assassinar Grady com quatro tiros na cabeça.
O menino lagosta era tão desprezado em sua comunidade que ninguém se ofereceu para carregar seu caixão e sua lápide não tinha nenhum epitáfio, apenas duas mãos em forma de oração, uma de cada lado de seu nome.
Souflikar – o carrasco velocista que matava com suas próprias mãos
É difícil mensurar qual o pior assassino da mesma forma que se mede quem corre mais longe ou salta mais alto. Por outro lado, é impossível não se surpreender com os números do carrasco Souflikar. Como um único homem consegue matar 5,000 pessoas sem usar armas de destruição em massa?
O carrasco particular de Maomé IV viveu durante o Império Otomano e matou uma média de três pessoas por dia ao longo de cinco anos, até chegar à assustadora soma de 5,000. O mais assustador da história toda é a forma como Souflikar matava suas vítimas.
Nem machados, nem espadas, nem veneno. O carrasco matava suas vítimas com as próprias mãos, estrangulando-as. Mas ele não era de todo injusto: numa mistura rústica de Jogos Mortais com Jogos Olímpicos, Souflikar dava às suas vítimas a possibilidade de apostar uma corrida com ele por suas vidas através dos jardins reais até o local da execução. Se eles vencessem, lhes seria concedida a possibilidade de banimento. Mas, se perdessem…
A possibilidade de ter a vida salva no caso de vencer a corrida poderia ser um fator extra de motivação, e sabemos que o ser humano é capaz de grandes feitos quando vê sua vida ameaçada. Mas acontece que Souflikar simplesmente não perdia.
A parte mais bizarra disso tudo é que esse assassino, notável por seus métodos incomuns e sua capacidade atlética, não carregava o título de carrasco real, mas sim de “jardineiro real”, o que leva a crer que ele deveria ser um jardineiro muito, muito bom.
Robert Hansen – o assassino caçador que fazia safáris humanos
A data é 1982. Dois homens estão caçando próximos ao Rio Knik, no Alasca, quando se deparam com uma bota. Dado o fato de o ser humano estar por toda a parte deixando seus vestígios, isso não é surpreendente. Porém o outro vestígio humano deixado dentro da bota e é um pé pertencente a uma stripper desaparecida. Foi o primeiro indício de que algo errado acontecia por lá.
Algum tempo depois, mais e mais corpos começaram a aparecer na região, todos de mulheres da cidade de Anchorage, Alasca. Para um cenário ainda mais fidedigno aos filmes de terror, a pista mais importante foi encontrada quando uma vítima escapou e foi resgatada por um caminhão que passava por perto.
A mulher revelou que era uma prostituta e que teve seus serviços solicitados por um homem ruivo no começo da noite. A cena começou a ficar bizarra quando o homem a levou até o aeroporto e disse que estavam indo para sua cabana na floresta. Ela conseguiu escapar quando ele estava aprontando o avião, e identificou o avião à polícia, que descobriu que estava registrado no nome de um caçador profissional chamado Robert Hansen. A casa de Hansen estava repleta de jóias e outros pertences das mulheres desaparecidas, e logo ele foi forçado a admitir que andava caçando mais do que apenas veados.
Hensen explicou aos invesigadores como abordava as mulheres sob a mira do revólver, levava-as para sua cabana na floresta e tirava suas roupas (às vezes, inclusive, colocando uma venda em seus olhos) e as obrigava a correr para a floresta. Dada essa vantagem, Hansen as perseguia e matava como num safári.
As autoridades esperavam que ele confessasse quatro assassinatos, e Hansen surpreendentemente confessou cerca de 21. Seu safári humano rendeu-lhe 461 anos mais perpétua.
Elizabeyth Bathory – a maior serial-killer e seu castelo do horror
Elizabeth Bathory foi uma condessa Húngara que viveu por volta de 1500 e carrega o título de ser a serial killer que matou mais pessoas na história da humanidade. Não há numero exato de quantas pessoas morreram no castelo de Bathory, mas a estimativa é de cerca de 650.
Muito do que se sabe a respeito da condessa é nebuloso e cercado de controvérsias, já que, na época, as histórias mais comuns tendiam a se misturar com folclore. Imagine então a situação de uma personagem tão controversa, que, conforme a alegação de uma testemunha, estava a fazer sexo com o satanás em pessoa.
O que não deixa dúvidas é o fato de que se tratava de uma aristocrata extremamente vaidosa e obcecada com beleza. A sabedoria popular diz que tudo começou quando a condessa, para quem a marcha inabalável da velhice já começava a se acelerar, passou a procurar técnicas pouco convencionais de rejuvenescimento.
A saída de Bathory, diz-se, foi banhar-se no sangue de suas jovens servas, o que até poderia fazer sentido levando-se em conta que se tratava do século 16. Mas pesquisadores que ignoram a parte folclórica da coisa têm um cenário mais provável em mente: tratava-se de uma louca extremamente violenta passando pela pior crise de meia-idade de que a história tem conhecimento.
Talvez com o propósito de não colocar em extinção toda a população feminina da Hungria, o Rei decidiu julgar Bathory, mas ninguém quis se arriscar a colocá-la em julgamento. Assim, ela foi posta no que hoje seria chamado um regime domiciliar para o resto de sua vida.






