01/01/2014 10h43 – Atualizado em 01/01/2014 10h43
Por Ramão Ney Magalhães
Trazendo no sangue as crendices do povo brasileiro, minha avó materna, filha de italiano com uma afro-baiana, nascida e criada no RS, já nos ensinava que o 13 é um numero de azar, a Dúzia do Diabo. E ela estava coberta de razões que agora se comprovaram com a atuação do partido político que usa esse número e atualmente goza do Poder. Hoje, o Google expõe o gato preto, a sexta-feira treze e uma estrela vermelha com o numero no centro, explicando melhor aquele maquiavelismo.
O PIB caiu vertiginosamente. O Brasil parou de crescer.
A inflação prévia declarada, acima de seis por cento e o valor da Divida Interna brasileira ultrapassando os Dois Trilhões são argumentos suficientes para determinar os prejuízos que se acumularam, e naturalmente trazem conseqüências danosas para a economia nacional.
E, se as finanças andam mal, o Social será pior ainda.
Para salvaguardar empregos o Governo Federal transformou Fábricas e Lojas da Indústria Brasileira em bancos creditícios, criando consumidores / devedores. O Cartão do aposentado ou do beneficiado é o aval.
Bolsas disso e bolsas daquilo, aliadas a isenções fiscais equivocadas estão esvaindo o erário publico e a fome continua nos bolsões dos não apadrinhados políticos.
E a divida interna se multiplica vertiginosamente, enriquecendo Bancos e banqueiros.
A Previdência não suporta mais os saques sem contribuições, e o Tesouro vem suplementando as despesas. Até quando isso vai ser possível não sabemos.
Porem é sabido que, nos primeiros atrasos do pagamento de inativos a guerra civil vai ser deflagrada.
Sem investimentos em infra-estrutura o Brasil sem logística perde mercados por falta de competitividade dos seus produtos. Apesar de insistentes e onerosas propagandas e divulgações governamentais, os Portos continuam sucateados e as Ferrovias idem.
Gastam-se bilhões em arenas de esportes, mas a péssima mobilidade urbana exige e clama por novos protestos de Ruas.
E para completar este relatório de pessimismo posso afirmar que por aqui, a safra agrícola 2013/14 não será tão cheia como estão divulgando.
Assim, o superávit do PIB nacional que vem sendo sustentado pelo setor primário exportador de grãos e carnes principalmente, talvez não seja suficiente para suplantar os gastos de importação, as mazelas da corrupção e o peso da maquina publica, política e funcional.
Os Poderes constituídos não estão se entendendo. O Executivo quer ser absoluto.
Contestando decisões do Supremo Tribunal Federal decreta-se a falência das Instituições democráticas. O Congresso continua omisso sob o “cabresto” da liberação de “emendas” eleitoreiras.
Felizmente o ano que carrega o peso desse fatídico número 13 está findando, e as esperanças se renovam com as eleições de 2014, afinal, apesar de tantos anos no Poder os subversivos de ontem literalmente nada construíram e politicamente perderam seus melhores quadros intelectuais que migraram em busca de seus verdadeiros ideais, alem de contabilizarem um expressivo numero de “lideres e companheiros corruptos agora hospedes do Presídio da Papuda”. O Povão que já saiu às Ruas, certamente vai votar diferente.
Aqui no MS o reflexo dessas mudanças já se observou na ultima Pesquisa IBOPE recentemente publicada.
O Senador que se apresentava desde muitos anos como candidato único a governador, e por esse motivo liderava as pesquisas, com o simples anuncio de outros possíveis nomes já foi ultrapassado. E pelos desencontros internos, sem o apoio dos “companheiros autênticos” talvez seja substituído após o Carnaval ou mesmo após a Copa.
Na Política os cidadãos de bem devem ter um lado político definido, não podendo eternamente ficar em cima do muro.
Por isso tudo se afirma que o 13 é a Dúzia do Diabo.
Ramão Ney Magalhães, 78 anos, é produtor rural.
