12/06/2014 11h23 – Atualizado em 12/06/2014 11h23
Fonte: Fifa
O jogo de abertura de uma Copa do Mundo da FIFA não é, definitivamente, um jogo qualquer: não é preciso ser muito brilhante para constatar isso. Acontece que existem alguns aspectos de uma partida dessas que só quem já viveu pode descrever. Quer dizer: por que a partida que deu início à edição de 1998 – entre um Brasil talentoso, que seria finalista, e a Escócia que terminou em último grupo – acabou se tornando uma batalha nervosa, decidida a favor dos brasileiros com um gol de cabeça, em lance de bola parada, e um gol contra?
Que nos responda justamente o autor desse tal gol de cabeça na última vez em que o Brasil abriu uma Copa, no Stade de France: o volante César Sampaio: “Você não imagina o que é uma estreia. Eu lembro do dia anterior: da hora do almoço em diante, o tempo já passava mais lento. A noite toda foi mal dormida. Eu só fui me dar conta de que estava abrindo uma Copa do Mundo na hora em que tocou o Hino Nacional e comecei a pensar em tudo: na minha infância, na minha vida toda”, conta o volante, hoje superintendente de futebol do Joinville EC, em conversa com o FIFA.com. “É tenso demais; é muita ansiedade: você quer fazer tudo em cinco minutos. E imagina só jogando dentro do Brasil? Só consigo mesmo imaginar.”
O Brasil x Croácia desta quinta-feira na Arena de São Paulo é, então, claramente, um jogo perigoso. “Para os croatas, qualquer resultado serve. Claro que eles entram para ganhar, mas mesmo uma derrota é, de antemão, justificável. É como quando você vai pedir algo a alguém sem muita esperança de conseguir: o ‘não’ você já tem. Se vier um ‘sim’, é lucro”, explica Sampaio. “Por isso é que, do lado da Seleção, o importante é separar as duas Copas: a Copa do torcedor – que envolve bagunça, festa, favoritismo e cobrança – e a Copa dos atletas, com estratégia, paciência, organização… É sempre assim, mas, numa estreia, mais ainda.”
