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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Kolo Touré: “É agora ou nunca para a nossa seleção”

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13/06/2014 14h18 – Atualizado em 13/06/2014 14h18

Fonte: FIFA

Eles têm juntos quase 400 convocações, vestiram as camisas dos melhores clubes do mundo e são verdadeiros ícones nos seus países. Didier Drogba, Didier Zokora, Yaya e Kolo Touré formam a geração de ouro da Costa do Marfim. Trata-se de uma leva de talentos que, apesar de jamais ter conquistado um único título na cena internacional, vem orgulhando todo o continente há muito tempo. São jogadores que classificaram brilhantentemente a sua seleção para a terceira edição consecutiva da Copa do Mundo da FIFA e que veem no Brasil 2014 uma última chance de transformar a Costa do Marfim realmente na “Costa do Ouro”.

“Conseguirmos superar os nossos limites já seria um sucesso em si, e não coloco nenhum limite nos nossos objetivos”, admite Kolo Touré em entrevista ao FIFA.com. “Por que não acreditar em uma surpresa e chegar até a final? Temos qualidade para isso. Em todo caso, esta é a nossa última chance de brilhar neste nível. Estou com 33 anos, o Didier com 36… estamos mais próximos do final do que do início. Vamos saborear esta Copa do Mundo e procurar mostrar algo diferente do que nos dois últimos Mundiais, quando não fomos muito bem. Faremos de tudo para melhorar”, completou.

O que Kolo Touré não falou foi que a Costa do Marfim não teve muita sorte nas últimas edições da Copa do Mundo da FIFA. Sorteada ao lado de Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro em 2006, e de Brasil, Portugal e Coreia do Norte em 2010, o país sempre foi bastante exigido na fase de grupos e, com isso, nunca conseguiu passar dessa fase da competição. Desta vez, no entanto, o sorteio foi um pouco mais generoso. “O grupo é mais equilibrado, com equipes muito complicadas de enfrentar no aspecto físico, mas as quais somos capazes de vencer”, avaliou, referindo-se a Colômbia, Grécia e Japão.

Enquanto o nível dos adversários do Grupo C parece ser um pouco mais compatível, a própria Costa do Marfim é cada vez mais dura de encarar. Ainda que a geração de ouro tenha de equilibrar a experiência com o peso da idade, jovens talentos como Serge Aurier e Jean-Daniel Akpa Akpro chegam para reforçar um elenco no qual Salomon Kalou e Gervinho, de 28 e 27 anos respectivamente, já começam a se aproximar de uma despedida da seleção.

O que se pode observar é um conjunto homogêneo difícil de superar, como foi comprovado nas eliminatórias quase perfeitas rumo ao Mundial. Na fase de grupos, os marfinenses venceram quatro partidas e empataram duas de um total de seis, marcando 15 gols e sofrendo cinco. Já na repescagem, a Costa do Marfim passou pelo Senegal com vitória por 3 a 1 e empate em 1 a 1.

Lições do passado
“Em 2006, estávamos nos sentindo no céu, já que era a primeira vez que o nosso país se classificava para uma competição”, avaliou Touré. “Pecamos por ingenuidade, não estávamos focados o bastante no trabalho. Em 2010, tenho a sensação de que estávamos mais fortes graças à experiência adquirida quatro anos antes. Fomos à África do Sul com mais determinação, mas isso não foi o suficiente. Passamos por uma evolução e, hoje, é muito bom termos no elenco remanescentes das duas últimas Copas do Mundo. Aprendemos as lições do passado e procuramos transmiti-las para os mais jovens”, completa o zagueiro do Liverpool, que tem também passagens por Arsenal e Manchester City.

Os marfinenses estão concentrados em Águas de Lindoia, em São Paulo, onde o clima é de descontração sem deixar de lado o foco no Mundial. Isso porque, se a idade entre os jogadores varia, o bom humor é o mesmo. “O ambiente dentro do grupo é tranquilo e descontraído, isso está na genética da Costa do Marfim”, garante o irmão mais velho de Yaya Touré. “Aprendemos isso nas escolinhas de futebol. Conhecemos uns aos outros há muito tempo. Mais do que amigos, nos consideramos irmãos”, acrescenta.

“Essa continua sendo a força da equipe, independentemente de vencermos ou perdermos”, aponta o marfinense. “O espírito de grupo e o prazer de viver em conjunto são o que mais importa. No final das contas, o resultado da competição é o de menos, já que isso tudo é o que ficará nas nossas memórias.”

Kolo Touré: "É agora ou nunca para a nossa seleção"

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