17/06/2014 08h49 – Atualizado em 17/06/2014 08h49
Argelinos esperam surpreender, enquanto belgas entram em campo para provar o valor da geração que é considerada a melhor do país. Jogo válido pelo Grupo H do Mundial começa às 13h
Fonte: Portal da Copa
Depois de estrear em Copas do Mundo diante de um mar amarelo de camisas da Colômbia nas arquibancadas, o Mineirão se dividirá entre o vermelho da Bélgica e o verde e branco da Argélia durante a segunda partida do estádio no Mundial de 2014. O jogo marcado para as 13h desta terça-feira (17.06) é válido pelo Grupo H, que também conta com Rússia e Coreia do Sul.
Para chegar ao estádio, os torcedores terão um esquema de trânsito planejado pela prefeitura de Belo Horizonte que privilegia o transporte público. O sistema segue os moldes do que foi utilizado na partida entre Colômbia e Grécia, que mobilizou mais de 57 mil torcedores no último sábado (14.06). Os portões serão abertos às 10h, três horas antes do início da partida.
O esquema de segurança também será similar ao adotado para Colômbia x Grécia. Serão seis delegacias especializadas para o turista, uma exclusiva para ocorrências com manifestantes e uma delegacia móvel da Polícia Civil, com cela para caso de prisão. Além disso, haverá plantão de perícia criminal, plantão do Detran, duas plataformas de observação elevada, um helicóptero com imageador, kit antibomba, robô antibomba e Centro Integrado de Comando e Controle. Cerca de 20 mil agentes estarão envolvidos na operação.
Dentro do estádio, os jogadores belgas e argelinos vão disputar não apenas a posse de bola, mas também o apoio vindo das arquibancadas. E o técnico da Argélia, Vahid Halilhodzic, já tem a receita para conquistar o carinho dos brasileiros. “No país do futebol, como é o Brasil, eu gostaria que a Argélia mostrasse uma boa qualidade de jogo e honrasse sua presença. A seleção argelina vem jogando mais pra frente. Desde que eu cheguei, são quase dois gols por partida. Eu sei que os brasileiros adoram espetáculo e vamos fazer o máximo para ganhar a simpatia dos brasileiros, que são os gênios do futebol”, disse o treinador.
Para o zagueiro belga Vincent Kompany, o apoio da torcida pode ser fundamental para a vitória em campo. “Os brasileiros gostam de um excelente futebol, sempre apoiam muito. Eu só posso esperar esse apoio, como aconteceu com a Holanda contra a Espanha. O apoio dos brasileiros aos holandeses foi incrível. Gostaríamos, sim, de receber esse carinho também. Estamos preparados e confiantes. Essa experiência de disputar uma Copa é maravilhosa, me lembrarei para o resto da vida”, disse o capitão dos Diabos Vermelhos, como são conhecidos os belgas.
Kompany, que atua no Manchester City, faz parte de uma geração que é considerada uma das melhores da história do futebol belga. Nomes como o goleiro Thibaut Courtois, do Atlético de Madrid, o meio-campista Marouane Fellaini, do Manchester United, e o meia-atacante Eden Hazard, do Chelsea, são os destaques de um time repleto de jogadores jovens, mas que já acumulam boa bagagem internacional. “Há muitos jogadores no nosso time que são excelentes, mas eu atribuo nosso sucesso com a Bélgica ao nosso comportamento como equipe”, disse Kompany.
Ao falar sobre a expectativa depositada sobre o time, o técnico da Bélgica, Marc Wilmots, tratou de descartar a pressão e o favoritismo. “Estar aqui para nós é um prazer. Nunca falei que somos favoritos, isso é coisa da imprensa internacional. Mas estamos concentrados no nosso trabalho e vamos fazer tudo para vencer. Nossa equipe se esforçou muito e os jogadores vão mostrar que estão com fome de ganhar”, garantiu.
“Yes, we can”
Incomodado com o papel de zebra no Grupo H, o técnico da Argélia lembrou do bordão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para dizer que seus comandados podem surpreender na Copa. “As pessoas estão esperando uma vitória muito fácil por parte da Bélgica, com isso eu não estou de acordo. O Barack Obama falou ‘Yes, we can’ (‘sim, nós podemos’, em inglês). Por que não utilizar essa mesma ideia? É preciso ter coragem, dedicação, esforço e concentração. A Argélia é uma equipe extremamente jovem, e deseja um bom resultado. Não temos nada a perder, estamos aqui para ganhar algo”, disse Vahid Halilhodzic.
O treinador lembrou que a própria Copa do Mundo no Brasil, mesmo ainda no início, já conta com alguns resultados que podem ser considerados como zebra. “Certamente será um grande desafio para a nossa equipe, mas sei que meus rapazes estão muito conscientes de que tudo é possível no futebol internacional. Acho que já aprendemos muito com as partidas dessa Copa que vimos na televisão. Equipes que entraram mais relaxadas e com certa pretensão levaram um golpe, porque a Copa é uma competição muito exigente e relaxar poder custar muito caro. Não se pode cometer erros”, afirmou.
Reconhecimento
Antes da partida desta terça-feira (16.06), as seleções de Bélgica e Argélia fizeram treinos de reconhecimento no gramado do Mineirão. As atividades foram abertas à imprensa durante aproximadamente 15 minutos, mas não houve pistas sobre as escalações dos dois times para a partida. Os técnicos também trataram de manter o mistério.
Do lado belga, do treinador Marc Wilmots, a escalação mais provável é Courtois; Alderweireld, Kompany, Vermaelen e Vertonghen; Witsel, Fellaini, De Bruyne e Hazard; Mirallas e Lukaku. Pela Argélia, o técnico Vahid Halilhodzic deve optar por mandar a campo o time formado por M’Bohli; Mostefa, Bougherra, Cadamuro e Ghoulam; Feghouli, Medjani, Taider e Bentaleb; Soudani e Ghilas.

