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domingo, 14 de setembro de 2025

Talento, físico e concentração que empurram os Diabos Vermelhos

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23/06/2014 14h16 – Atualizado em 23/06/2014 14h16

Fonte: FIFA

Algumas horas depois de se tornar o mais jovem belga a balançar as redes em uma Copa do Mundo, Divock Origi falou com impressionante serenidade sobre o gol decisivo na vitória por 1 a 0 sobre a Rússia. “Sou calmo por natureza e devo isso ao meu pai”, explicou. “Posso entrar em campo no Maracanã quando a tensão está no auge e fazer a diferença. Tenho certeza que vou continuar crescendo e evoluindo graças a essa tranquilidade e que vou marcar mais gols importantes.” Pior para Aleksei Kozlov e os seus jovens companheiros de seleção russa, que jogavam a partida das suas vidas. Com olhar distante, os russos saíram de campo tentando evitar ao máximo o assédio da imprensa.

Marouane Fellaini e Dries Mertens tinham sido as cartas na manga de Marc Wilmots na partida contra a Argélia, balançando as redes pouco depois de entrarem em campo. Desta vez, a tarefa coube ao jogador de 19 anos. E isso que ele sequer imaginava que seria convocado para a Copa do Mundo. Com a ausência de Christian Benteke, no entanto, a estratégia belga foi chamar o atacante do Lille, cujo currículo mal traz uma temporada completa como profissional. Além disso, Wilmots certamente se lembrava muito bem de que o seu novo protegido havia marcado um gol com a camisa do clube francês logo depois de sair o banco de reservas.

O bom resultado no mítico palco do futebol brasileiro se deve, ao menos em parte, àquilo que os belgas já haviam demonstrado na partida diante da Argélia: uma mescla entre talento e preparo físico e psicológico com uma pitada de gosto pela vitória. Mas todos esses ingredientes não poderiam formar um conjunto ideal sem um plano tático sólido armado pelo treinador. E Wilmots conseguiu fazer isso. Origi abre um sorriso de orelha a orelha quando perguntando sobre o comandante que lhe dá tanta confiança. “Mostramos uma grande força coletiva e mental em um jogo difícil, mas acima de tudo pudemos ver que estamos em boas mãos.”

A declaração de Daniel Van Buyten seguiu a mesma linha, elogiando a postura dos jogadores que saíram do banco, especialmente pela pouca idade. “A frustração dos jogadores que não começam a partida é evidente, mas, em um torneio como este, o banco é uma das chaves para o sucesso”, declarou. “É um prazer enorme ver um jovem como o Divock traduzir isso em um bom desempenho.”

Com a experiência de ter atuado na Copa de 2002, o defensor de 36 anos ressaltou a necessidade que a Rússia tinha de vencer o jogo. “Eles foram obrigados a arriscar mais no final da partida”, avaliou Van Buyten. “Para nós, foi só manter a organização acima de tudo e continuar fechados na defesa.”

Para botar medo
Isso pode explicar por que a segunda partida da Bélgica na Copa do Mundo 2014 foi tão parecida com a primeira. Assim como diante da Argélia, o confronto contra os russos parecia bastante equilibrado. Apenas parecia. O que os Diabos Vermelhos faziam, na verdade, era cansar o adversário para definir a fatura no apagar das luzes. “Tivemos a paciência de esperar os russos se desgastarem fisicamente e então procuramos fazer a diferença”, admitiu Kevin de Bruyne sobre a estratégia do selecionado belga.

Depois de iniciar o Mundial com os três pontos conquistados sobre os argelinos, a Bélgica entrou confiante no duelo com a Rússia e sabia que um empate não seria um resultado desastroso. “Um 0 a 0 teria sido bom para nós, mas já esperávamos poder complicar as coisas para eles devido à nossa boa forma física no final da partida”, acrescentou Van Buyten. “Confiávamos nos nossos atacantes e foi isso o que aconteceu mais uma vez.”

O astro Eden Hazard, por sua vez, acredita que a equipe pode melhorar ainda mais. “Hesitamos um pouco quando tínhamos a posse de bola”, apontou o habilidoso meia, autor do passe para o gol de Origi. “Podemos melhorar muito se trabalharmos esse aspecto.” Os belgas conquistaram bastante respeito ao vencer as suas duas primeiras partidas no Brasil 2014, mas a intenção do jogador do Chelsea agora é ir além, fazendo os adversários temerem os Diabos Vermelhos. “Esperamos seguir vencendo. A cada jogo que passa, vamos botando mais medo. Isso é o ideal para que as seleções nos enfrentem com o moral mais baixo possível.”

Talento, físico e concentração que empurram os Diabos Vermelhos

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