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domingo, 14 de setembro de 2025

Darmian: “Quero aproveitar essa oportunidade ao máximo”

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24/06/2014 10h28 – Atualizado em 24/06/2014 10h28

Fonte: Agência Brasil

Matteo Darmian tem uma boa explicação por ter chamado tanta atenção na sua estreia na maior festa do futebol mundial. Ao final da primeira partida da Itália, muita gente se perguntava quem era o lateral versátil e talentoso que havia se destacado na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra em Manaus. Como é possível que uma joia rara numa posição tão procurada possa ter passado batido por tantos olheiros se Darmian joga profissionalmente desde 2007?

“Se você tivesse me dito há oito meses que eu jogaria na Copa do Mundo, eu teria explodido de rir”, conta o jovem de 24 anos. “Era um sonho de infância, mas, sinceramente, eu não achava que chegaria lá. Desde que recebi a primeira convocação, me empenhei a fundo e com humildade. Quero aproveitar essa oportunidade ao máximo”, completa ele, sem deslumbramento.

De origem armênia e nascido na cidade de Legnano, no norte da Itália, ele começou no futebol treinado pelo pai na Rescaldina, na região de Milão, e lá acabou chamando a atenção de Benjamino Abate, um ex-goleiro encarregado de descobrir talentos regionais para o Milan. Curiosamente, não era outro senão o pai de Ignazio Abate, defensor do Milan que hoje briga pela vaga de titular com Darmian.

Darmian chegou à base do Milan aos 14 anos de idade e estreou no Campeonato Italiano três anos depois, no dia 19 de maio de 2007, entrando no lugar de Giuseppe Favalli numa partida contra a Udinese. Na época, ele jogava no miolo de zaga, mas progressivamente se instalou no corredor direito antes de mostrar a mesma eficiência pela esquerda.

No entanto, nem tudo foram flores para o garoto Darmian. Embora ninguém duvidasse do seu talento, diante da impressionante bagagem técnica e velocidade pelas pontas, ele simplesmente não entrou nos planos dos dirigentes milaneses. Em cinco temporadas, de 2006 a julho de 2012, disputou apenas 15 partidas na primeira divisão, tendo sido emprestado sucessivamente a Padova, Palermo e Torino.

Convocado regularmente para as seleções italianas juvenis até 2009, ele não desistiu da carreira esportiva. Em meados de 2012, o Milan o cedeu em definitivo ao Palermo, que por sua vez o despachou de volta para Turim. “Se estou no Brasil é em grande parte pelo treinador do Torino, Giampiero Ventura, e pelo presidente Cairo, que me quiseram, e também pelo ambiente excepcional que temos no clube”, reconheceu Darmian após a partida contra a Inglaterra. “Caso contrário, eu jamais teria tido uma possibilidade como essa.”

Bastante à vontade no ambiente da seleção e entrosado com todos, a começar pelos dois companheiros de Toro, Alessio Cerci e Ciro Immobile, Darmian evoluiu e está em plena ascensão — a ponto de Cesare Prandelli, o técnico encarregado da renovação da Azzurra, tê-lo aproveitado duas vezes numa série de testes. “Ele não só manifestou um grande entusiasmo, como também compreendeu rapidamente o que eu buscava na posição”, destacou o treinador.

Apesar dos elogios, não ouse dizer a Darmian que ele faz lembrar um certo Paolo Maldini na mesma idade. “Quando eu era mais jovem, tive a oportunidade de treinar com ele”, conta. “É uma comparação elogiosa demais para mim. É cedo demais”, dispensa ele, que também faz vistas grossas às várias ofertas de clubes de prestígio para a próxima temporada. Afinal, no momento Darmian está concentrado em viver o sonho da Copa do Mundo. E ele pode durar mais tempo caso a Itália consiga pelo menos um empate diante do Uruguai.

Darmian: "Quero aproveitar essa oportunidade ao máximo"

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