24/06/2014 10h35 – Atualizado em 24/06/2014 10h35
Fonte: FIFA
Toda equipe de sucesso tem duas qualidades, e por 181 minutos no Brasil 2014 o Irã foi praticamente impecável em um desses quesitos. Poucas defesas nesta Copa do Mundo da FIFA foram tão disciplinadas ou bem treinadas como a de Carlos Queiroz. E foi apenas em um momento de pura inspiração de Lionel Messi que a muralha ruiu.
Esse momento da magia de Messi impediu que os iranianos chegassem à segunda partida consecutiva sem tomar gols. De acordo com Ashkan Dejagah, o desempenho com foco na defesa é algo inevitável. “Não temos jogadores como Messi, Agüero e Di María, e por isso precisamos nos concentrar na organização”, afirmou ao FIFA.com. “O formato da equipe, com força na defesa, é algo que foi muito importante para o técnico na preparação para o torneio.”
“Ele passou muito tempo nos treinos acertando a nossa compactação para enfrentar as melhores seleções do mundo. Nem a Nigéria nem a Argentina tiveram muitas chances contra nós. Sendo realista, esta a única maneira para nós. Se tivéssemos jogado um futebol muito aberto contra jogadores como Messi, eles teriam nos matado.”
Graças ao camisa 10 argentino, abrir o jogo e ir para o ataque deixou de ser uma opção perigosa para ser a única possibilidade do Irã. Somente a vitória contra a Bósnia e Herzegovina poderá manter as esperanças de chegar às oitavas de final, o que faz com que marcar um gol seja o maior desafio.
“O fato de que não termos feito nenhum gol é algo que precisamos corrigir”, reconheceu Dejagah. “Acho que não tivemos sorte contra a Argentina. Tivemos muitas chances, e este foi um daqueles jogos em que todos os jogadores fizeram o seu trabalho e jogaram bem. É difícil quando você perde uma partida assim, mas é necessário dar crédito ao Messi. É em momentos como esse, quando a partida está muito apertada, que os grandes jogadores mostram o quanto são importantes. Mas ainda podemos tirar pontos positivos e ter orgulho do nosso desempenho.”
“Eu realmente achei que tinha feito um gol na partida contra a Argentina. Aquela cabeçada que eu dei, achei que tinha entrado com certeza. Mas temos de aplaudir o goleiro pela defesa fantástica. No entanto, acho que ainda faremos um gol. Temos jogadores que têm condições, e acho que ficamos mais perigosos na nossa segunda partida em comparação com a primeira.”
“Espero que este terceiro jogo seja um passo à frente”, declarou o jogador do Fulham. “Certamente vamos correr atrás para fazer gols. Ainda temos chances de passar para a próxima fase, tenho certeza disso. O que precisamos fazer é aproveitar as coisas boas que fizemos até agora, melhorar um pouco em outras áreas e dar tudo para derrotar a Bósnia. Se fizermos isso, acho que podemos vencer a partida e ainda podemos nos classificar.”
Tendo já enfrentado a maioria dos seus próximos adversários no Campeonato Alemão ou no Campeonato Inglês, Dejagah sabe bem que os bósnios têm muitos talentos individuais. No entanto, o meio-campista de 27 anos, que representou a Alemanha nas categorias de base antes de se decidir pelo Irã, está entusiasmado com a sua primeira experiência na Copa do Mundo e não tem vontade de ir para casa junto dos bósnios.
“Estar na Copa do Mundo é o ponto alto da minha carreira, com certeza. Todo jogador quer jogar este torneio. Aqui no Brasil, com esta atmosfera, é ainda mais especial. Estou gostando muito. E acredite em mim, quero poder ficar aqui o maior tempo possível.”
