24/06/2014 10h24 – Atualizado em 24/06/2014 10h24
Fonte: Agência Brasil
Nwankwo Kanu tem uma longa história na Copa do Mundo da FIFA. Ele disputou três edições do Mundial, todas em décadas diferentes e vestindo as cores da Nigéria. O atacante grandalhão ajudou seu país a alcançar as oitavas de final na França 1998 e disputou a competição pela última vez na África do Sul 2010.
“Todos querem representar seu país em uma Copa do Mundo, e há três objetivos que você deseja alcançar nela: o primeiro é participar, o segundo é deixar a sua marca, e o terceiro é vencê-la”, disse o jogador ao FIFA.com no ano passado.
O ex-atacante de Ajax, Inter de Milão e Arsenal está no Brasil, assistindo ao seu país praticamente atingir o primeiro dos três objetivos. Ele está confiante de que os compatriotas concretizarão o segundo e, quem sabe, até mesmo o terceiro. O FIFA.com conversou com Kanu após a vitória contra a Bósnia e Herzegovina em Cuiabá por 1 a 0.
Como você acha que o time jogou contra a Bósnia e Herzegovina?
Quando enfrentamos o Irã, eles praticamente não saíam para o ataque. Já os bósnios, claro, queriam a vitória, então se lançaram à frente, o que se adaptou ao nosso estilo de jogo. Foi bom para nós.
Você acha que a Nigéria conseguirá, contra a Argentina, o ponto que necessita para assegurar uma vaga nas oitavas?
Sim, eu acho, porque o que está acontecendo com a seleção nigeriana é que ela está melhorando a cada partida. Então acredito que, quando enfrentarmos a Argentina, a confiança e a mentalidade vencedora trazidas pela vitória sobre a Bósnia nos farão jogar bem.
Você está curtindo o fato de um ídolo nigeriano como Stephen Keshi estar comandando a seleção no Brasil?
Sim, nós damos a ele todo o apoio. Sabemos do que é capaz. Ele já mostrou isso na Copa Africana de Nações, mas ainda precisa mostrar desta vez. É bom vê-lo, um ex-capitão, tornando-se treinador, um jogador que disputou a Copa do Mundo e agora comanda a sua seleção no torneio novamente.
Você atuou ao lado dele pela seleção nigeriana no começo da carreira. Quais são as suas lembranças dele?
Costumávamos chamá-lo de o “chefão” (risadas). Ele é quem tomava as decisões e nós, como os mais jovens, tínhamos que respeitá-lo e segui-lo. O bom nele é que era influente, e acho que está mostrando a mesma coisa com a forma como está liderando a seleção.
A equipe é muito jovem. Você acha que há mais coisas boas por vir no futuro?
Quando (Keshi) assumiu, disse que precisávamos montar um time e, antes que nos déssemos conta, ganhamos a Copa Africana de Nações e agora estamos na Copa do Mundo. Então acho que o trabalho está progredindo.
Você está gostando de acompanhar a seleção no Brasil?
Sim, adorando! Se eu acho que ficarei aqui por todo o torneio? Eu diria que sim, porque é claro que chegaremos à semifinal.
