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sábado, 13 de setembro de 2025

Paulo Brescovit fala sobre sua vida no esporte e sobre a Copa do Mundo

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02/07/2014 10h09 – Atualizado em 02/07/2014 10h09

Fonte: Da Redação

Amambai (MS) – Paulo Roberto Brescovit, um dos melhores jogadores de futebol que já jogaram pelo município de Amambai. Hoje, com 52 anos, é um dos torcedores fanáticos pelo Brasil na Copa do Mundo 2014. Ele conta que, como brasileiro, seria injusto torcer contra sua seleção.

“Eu nunca deixei de acreditar no meu futebol, assim como o Brasil não pode deixar de acreditar no nosso”, afirmou Paulo.

O jogador, que nos dias atuais joga apenas partidas amistosas no Clube Tereré, já ilustrou diversos jogos de campeonatos estaduais. Entre eles, atuou 25 anos representando Amambai na Copa Morena, jogando desde os 17 anos.

Jogou também pelo time de Capitan Bado, no campeonato paraguaio, onde conquistou o vice-campeonato em 1982. Pelo município do Paraguai, Paulo jogou por três anos.

No futsal amambaiense, ele conta sobre os anos de ouro, onde muitos jogadores bons como Galego, Jeferson, Sonilton e até mesmo Rui Cordeiro, dividiam as quadras. “Foi um privilégio para mim, pois quando entrei para o futebol, esses caras já jogavam e me ensinaram desde novo”, conta.

Paulo agora é funcionário público, trabalhando na Justiça do Trabalho e, durante sua primeira experiência como técnico, onde acompanhou os jogadores que participaram da Copa Morena 2014, explica que só pretende fazê-lo novamente depois de aposentado. “Eu não tenho tempo, gosto e quero passar minha experiência para essa rapaziada, mas antes vou me aposentar”, explica ele.

Futebol em Amambai

“Começamos no Brasinha, eu tinha 14 anos, a bola era uma relíquia para nós, passávamos sebo de carneiro para ela não estourar e jogávamos até de madrugada”, conta ele. Paulo lembra que era difícil praticar o esporte antigamente, pois ninguém tinha a bola, fazendo com que precisassem pegar de um clube emprestado.

Outra experiência contada foi sobre o Clube Atlético Milionários, que foi fundado por praticantes do esporte, contando com todo o apoio da prefeitura, com direito a chuteiras e abrigos. “Os políticos esqueceram o esporte. Na época em que antecedeu o ex-prefeito, o esporte era valorizado”, diz ele.

Futsal atual

Paulo conta ainda que não acompanha os campeonatos realizados no município e que é contra competições como o Interfirmas. “Eu sou a favor de campeonatos abertos, que gerem a oportunidade de encontrar o futebol de outra cidade e dividir esse conhecimento”, afirma ele.

O jogador afirma que um dos problemas encontrados no futebol e futsal de Amambai é a falta de interesse da juventude. “Começam a fazer alguma coisa e não acabam, pois são desestimulados pela falta de apoio e interesse”, conta.

Quando questionado sobre o motivo desse desinteresse, Paulo afirma que vem da tecnologia. “Antigamente saíamos da escola e depois do almoço íamos direto jogar, agora todo mundo fica em frente ao computador”, diz ele e continua “futebol é 5% habilidade, os outros 95% você adquire com treino”.

Vida no futebol

O jogador também já atuou pela equipe Los Tigres do Paraguai, Volkar de Amambai, Ciacel e Ki-Pão, que era a antiga equipe do Ki-Carne. Paulo explica que passou um bom tempo sem ficar no banco após jogar com estes times.

Entre suas histórias favoritas, Paulo conta sobre o técnico da equipe paraguaia que, antes de escala-lo para o time, questionou se ele dormia após uma derrota. O jogador por sua vez disse que não, que ao perder uma partida ele perde o sono e isso o instiga, o que lhe garantiu a participação no jogo.

Seu último campeonato marcante foi o da Copa Ouro de 2002, onde o jogador participou pela categoria livre com a equipe da Zaeli e pela máster com a equipe do Tereré, onde chegou as duas finais.

Sobre a Copa

Para Paulo, Neymar é o jogador mais completo que atua hoje no futebol profissional. “É óbvio que uma seleção não pode depender de um só jogador e sim da soma de talentos”, explica e acrescenta “o Brasil ainda vai sofrer muito nessa competição”.

O jogador afirma que a real dificuldade da seleção, além de que todos os adversários são bons, é um meio de campo fraco. “Acredito que o Brasil passe pela Colômbia, porém o jogo será muito complicado”, aponta.

Quando questionado sobre a importância da realização deste evento no Brasil ele diz que é uma coisa inédita e que muitas gerações não verão isto novamente. “Observe, a última Copa no Brasil aconteceu em 1950, são 64 anos, demorará muito para isso acontecer novamente, então aproveitem”, afirma.

Sobre as manifestações contra a Copa, Paulo diz serem desnecessárias e que na verdade deveria ter até mesmo o apoio. “A Copa não tem culpa de nada, os problemas de saúde e educação estão ai há muito tempo, devemos sim protestar contra isto, mas sem quebra-quebra e degradação de patrimônio de um companheiro que trabalha dia a dia”, conta ele.

Época do Brasinha, com 13 anos, Paulo é o primeiro em pé (e/d).

Equipe do Tereré quando venceu a Copa Ouro de 2008.

Paulo Brescovit fala sobre sua vida no esporte e sobre a Copa do Mundo

Paulo segurando o troféu que ganhou junto a equipe da Zaeli.

Seleção amambaiense em seus anos de ouro.

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