24/07/2014 16h17 – Atualizado em 24/07/2014 16h17
Chanceler rebate Israel: “se há anão, não é o Brasil”
Fonte: Brasil 24/7
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O documento afirma ainda que a atitude brasileira não contribui para promover “a calma e a estabilidade” no Oriente Médio e que dá “vento favorável” ao terrorismo, além de “naturalmente afetar a capacidade do Brasil de exercer influência”.
“Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo”, afirma o documento divulgado no site do Ministério de Relações Exteriores de Israel.
Além da nota da chancelaria, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, disse, segundo a imprensa israelense, que a decisão do Brasil de chamar seu embaixador para consultas é uma demonstração das razões que levam o Brasil, apesar de ser “um gigante econômico e cultural, permanecer um anão diplomático”.
(Por Eduardo Simões; Edição de Maria Pia Palermo)
Artilharia de Israel mata ao menos 15 pessoas em abrigo da ONU em Gaza
Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) – Pelo menos 15 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas nesta quinta-feira, após forças israelenses terem disparado fogo de artilharia contra uma escola administrada pela ONU que abrigava refugiados palestinos no norte de Gaza, disse um porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra.
O diretor de um hospital local disse que vários centros médicos ao redor de Beit Hanoun estavam recebendo os feridos.
“Tal massacre exige mais do que um hospital para lidar com a situação”, disse Ayman Hamdan, diretor do hospital de Beit Hanoun.
Um fotógrafo da Reuters no local disse que poças de sangue podiam ser vistas no chão e nas mesas dos estudantes no pátio da escola, perto do aparente impacto de um projétil de artilharia.
Diversas famílias que vivam na escola correram com seus filhos para o hospital onde as vítimas estavam sendo atendidas, a algumas centenas de metros.
Laila Al-Shinbari, mulher que estava na escola no momento do bombardeiro, disse à Reuters que as famílias haviam se reunido no pátio para esperar um comboio da Cruz Vermelha para retirá-las de lá.
“Todos nós no sentamos em um lugar quando de repente quatro projéteis acertaram nossas cabeças… corpos estavam no chão, (havia) sangue e gritos. Meu filho está morto e todos os meus parentes foram mortos, incluindo meus outros filhos”, disse ela em prantos.
Chris Gunness, porta-voz da principal agência da ONU em Gaza, a UNRWA, confirmou o ataque e criticou Israel.
“Coordenadas precisas do abrigo da UNRWA em Beit Hanoun foram formalmente dados para o Exército de Israel… no curso do dia, a UNRWA tentou coordenar com o Exército israelense uma janela para que civis deixassem o local, mas isso não foi concedido”, disse Gunness em sua página no Twitter.
Mais cedo nesta quinta-feira, Gunness disse à Reuters que forças de Israel haviam atacado abrigos da ONU em três ocasiões diferentes desde segunda-feira, em incidentes que não causaram vítimas.
O Exército de Israel não comentou imediatamente a questão.
(Reportagem adicional de Finbarr O’Reilly)