15/08/2014 10h44 – Atualizado em 15/08/2014 10h44
Fonte: Uagro
Os solos brasileiros são ácidos por natureza e para corrigi-los os produtores brasileiros contam com um insumo que existe em abundância em nosso País. É o calcário agrícola que, incorporado ao solo, pode alavancar a produtividade da terra em até 30%.
Apesar disso, por falta de conhecimento, o consumo do calcário agrícola no Brasil é muito pequeno. Segundo a Abracal (Associação Brasileira de Produtores de Calcário Agrícola), a média de uso chega a 35 milhões de toneladas/ano, porém os pesquisadores afirmam que, com base no número de terras produtivas no Brasil, esse número deveria ser superior a 55 milhões de toneladas por ano. Calcula-se que para cada 1 tonelada de fertilizante deva se usar de 1,5 a 2 toneladas de calcário. Porém a realidade é outra: essa relação beira a 0,86 toneladas.
Feito de rochas sedimentadas e metamórficas compostas por carbonato de cálcio e magnésio, o calcário agrícola deve ser incorporado ao solo com antecedência mínima de 30 dias antes do plantio. A dose recomendada se dá através de uma análise de solo. Segundo os pesquisadores, seu efeito neutralizante da acidez pode durar cinco anos. Entretanto, já no primeiro ano, o aumento da produtividade da lavoura é tão grande que paga o investimento em calcário, que é um insumo de baixo custo.
Estudos realizados pela Faculdade de Agronomia da UFRGS mostram que a combinação de calcário e adubo em solos ácidos e pobres potencializa os efeitos, elevando a produtividade em 3,6 vezes. Conduzida em vários estados brasileiros, essa mesma pesquisa mostra que em solos bem adubados, mas ácidos, a calagem pode aumentar os rendimentos da soja entre 20 e 155% – o que representam incremento entre U$ 80 a 170 dólares por hectare/safra.
