23/08/2014 17h22 – Atualizado em 23/08/2014 17h22
Fonte: Notícias MS
Campo Grande (MS) – Estão abertas as inscrições para o 15º Encontro do Proler (Programa do Livro e da Leitura), evento que reúne oficinas, palestras e atividades pedagógicas e culturais entre os dias 23 de setembro e 9 de outubro. As ações, promovidas pelo Comitê Proler Campo Grande, contam também com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
O 15º Encontro (cujo tema é Identidade de Mato Grosso do Sul: do local ao universal) é aberto ao público em geral e possibilita a criação de novas e importantes ferramentas de trabalho e estudo para acadêmicos de cursos de licenciatura, professores, bibliotecários, contadores de histórias e gestores públicos desenvolverem práticas de incentivo à leitura.
As oficinas oferecidas apresentam variedade de temas que contemplam toda a diversidade dos estudos da linguagem e da literatura. Em diversos espaços a gramática, a literatura, os gêneros textuais, os novos suportes tecnológicos de leitura, o ensino de literatura para o ensino médio e também a literatura infanto-juvenil estarão em destaque.
O objetivo é fortalecer as ações de incentivo à leitura e identificar iniciativas das entidades parceiras. “O Encontro abre mais um espaço para as diversas vozes da produção literária regional e garante visibilidade para ações de incentivo à leitura. O Comitê se sente honrado em disponibilizar aos interessados oficinas, palestras e momentos de novas reflexões como vias de qualificação para o desenvolvimento de uma leitura crítica e plural”, analisa Neusa Narico Arashiro, coordenadora do Proler-Campo Grande.
O comitê do Proler atua há 17 anos no Estado com o objetivo de incentivar a prática da leitura e da escrita na construção da cidadania. É constituído por voluntários, como professores universitários, bibliotecários, instituições públicas e privadas.
Confira a programação do 15º Encontro do Proler na Capital:
23 de setembro – Abertura
19 horas – Teatro Aracy Balabanian
Apresentação Cultural com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande
Palestra: Leitura do texto literário: os caminhos da escola – A escola e a formação do leitor literário. Programas de leitura e recepção escolar. Os documentos oficiais e a formação do leitor. A formação do professor de Literatura.
Ministrante: Drª Ana Crelia Penha Dias (UFRJ), professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro com experiência na área de literatura infantil, literatura brasileira e educação.
Oficina 1: Organização e dinamização do espaço das bibliotecas e as identidades de Mato Grosso do Sul – O objetivo é demonstrar algumas ações de organização e formas de dinamização de acervo e espaço da biblioteca a fim de promover a identidade do Estado. A oficina terá como tema central o Marketing em bibliotecas como forma de promoção dos produtos e serviços do espaço da biblioteca. Serão abordadas atividades diversas para acesso ao livro, à leitura, aos materiais do acervo regional e de dinamização do espaço. Ministrantes: Ana Catarina Cortêz de Araújo (IFMS), bibliotecária especialista em Gestão da Informação, do Conhecimento e Novas Tecnologias pelo IESF e Marcos Rubens Alves da Silva (SED), bibliotecário especialista em Informação Científica e Tecnológica em Saúde com ênfase em Repositórios Institucionais pela Fiocruz.
Local: Mezanino.
Oficina 2: A leitura e a mulher – Pretende demonstrar que obras voltadas para as mulheres, como é o caso de Sabrinas e Biancas, acompanharam e acompanham o gosto das mulheres pela leitura. São estas obras que aproximam a mulher de seus sentidos e da sensibilidade em relação com o ato de ler. Ministrante: Eliane Giacon – Doutora em Literatura pela UNESP/Assis.
Local: Biblioteca – Auditório.
Oficina 3: Literatura e Ditadura – O trabalho em questão tratará de evidenciar, por intermédio de alguns textos literários, como se realizou o engendramento do processo ditatorial que vitimou centenas de brasileiros. Não se trata, porém, de resgatar os fatos, mas de (re) criar uma narrativa que descreva, entre outros, o trauma, as dores, os desaparecimentos, a tortura, o desrespeito aos direitos humanos. Em outras palavras, narrar o trauma. É urgente pensarmos esse período porque há um dever de memória, uma obrigação ética, moral para que a sociedade nunca se esqueça dos duros anos 1964-1984. A literatura, podemos afirmar sem medo de equivocações, presta-se a essa função do dever de memória. A literatura, portanto, manteria as feridas abertas de todos que sofreram com a intervenção militar no Brasil. Ministrante: Prof. Me. Flavio Adriano Nantes (UFMS) – Doutorando pela UNESP.
Local: Biblioteca Dr. Isaías Paim – Hall.
Oficina 4: Desafios e perspectivas para a leitura na escola indígena: o biletramento como estratégia Terena – Tem como objetivo discutir o contexto de ensino de leitura e escrita na escola indígena, apresentando os resultados de uma oficina de produção de textos em língua indígena com professores Terena. Ministrante: Onilda Sanches Nincao (UFMS) – doutorado em Lingüística Aplicada,área de concentração em Educação Bilíngüe pela Unicamp.
Local: MIS – Auditório.
Oficina 5: Fonologia e Acentuação Gráfica: contexto e construção – Esta oficina traz a tona o porquê da existência da acentuação gráfica e trabalha a naturalidade da língua com relação às terminações das palavras, além de garantir análise de encontros vocálicos sob a óptica do alfabeto fonético internacional para chegar-se às regras de acentuação gráfica. Ministrante: Gilson Demétrio Ávalos, mestre em Educação com dissertação focada em produção textual, revisor textual, membro do Proler de Campo Grande e técnico pedagógico em Língua Portuguesa da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul.
Local: Sala Rubens Corrêa – Centro Cultural José Octávio Guizzo.
25 de setembro
19 horas
Oficina 6 : Processo de afirmação (ou negação) de identidades indígenas no espaço/tempo escolar e universitário – Em Mato Grosso do Sul é cada vez mais visível a presença de indígenas nas escolas e nas universidades. É comum representações de que esses indígenas estariam, nesse processo de contato com a cultura não indígena, perdendo suas identidades e diferenças. Isso está acontecendo realmente? Como se dá o processo de produção de identidades e diferenças? A temática da oficina tem como inspiração os Estudos Culturais pós-estruturalistas, focalizando o discurso colonial com as marcas da colonialidade em meio a relações de poder. Ministrantes: Natalina Sierra Assencio Costa (UEMS), doutora em Letras pela USP e Sônia Filiú Albuquerque Lima (UEMS), doutora em Educação pela UCDB.
Local: Biblioteca- Auditório.
Oficina 7: Quadrinhos e leitura – As histórias em quadrinhos já foram vistas como obras menos importantes e leitura para pessoas preguiçosas, mas, nas últimas décadas, a partir das chamadas graphicnovels, tal conceito tem mudado bastante. Assim, deixaram de ser obras “infantis” e “menores” e encontraram leitores mais sofisticados, que estão na faixa dos 30 anos e leem outros tipos de textos também. A proposta da oficina é mostrar os símbolos que passam de despercebidos por leitores menos experientes do universo dos quadrinhos, como tais obras podem ser utilizadas no ensino, a questão ideológica e um mundo de descobertas culturais e curiosidades que podem levar o leitor a experimentar novas experiências. Ministrantes: Nataniel dos Santos Gomes (UEMS), doutor em Linguística pela UFRJ, Marlon Leal Rodrigues (UEMS), doutor em Linguística pela Unicamp, Daniel Abrão (UEMS), doutor em Literatura pela Unesp/Araquara e orientandos.
Local: MIS – Auditório.
Oficina 8: O ensino da história e suas fontes: O bibliotecário de Mato Grosso do Sul, conhecendo a história de seu estado para atender sua clientela regional – Possibilidades de ensino de História por meio da apresentação de diversos tipos de fontes bibliográficas, como também (jornais, fotografias, músicas e depoimentos orais), levando em consideração as metodologias de coleta e análise específicas de cada uma delas. A metodologia se dá por meio de exposição e de atividades práticas de análise e elaboração de uso pedagógico dessas fontes, em sala de aula da educação básica e também como uma fonte inesgotável para as bibliotecas e bibliotecários que necessitam saber sobre a história do estado que estão inseridos para que possam auxiliar os usuários nesse assunto. Ministrante: Ana Catarina Cortêz de Araújo (IFMS), bibliotecária especialista em Gestão da Informação, do Conhecimento e Novas Tecnologias pelo IESF e Marcos Rubens Alves da Silva (SED), bibliotecário especialista em Informação Científica e Tecnológica em Saúde com ênfase em Repositórios Institucionais pela Fiocruz.
Local: Mezanino.
Oficina 9: A arte no Estado: a informação além dos livros – A arte também é uma fonte de informação importante. A oficina trabalhará a arte do Estado retratada por meio da apresentação e leituras das obras de alguns artistas locais, tais como Isaac de Oliveira, Cleir D’Avila, Humberto Espindola e a arte indígena. O objetivo da oficina é demonstrar que a informação encontra-se em todo lugar e que a arte é uma delas, além de sugerir que a biblioteca pode abrigar obras e biografias desses artistas. Ministrante: Rose Cristiane Franco Seco Liston, bibliotecária da Rede Municipal de Educação de Dourados e Mestre em Educação pela (UCDB).
Local: Sala Rubens Corrêa – Centro Cultural José Octávio Guizzo.
Oficina 10 – Ministrante: Prof.ª Dr.ª Maria Leda Pinto e Prof.ª Dr.ª Léia
Local: Biblioteca – Hall.
26 de setembro
Encerramento – 19 horas
Lançamento do livro “Grandes Poderes trazem grandes responsabilidades – Refletindo sobre o uso de quadrinhos em sala de aula”, organizado por Nataniel dos Santos Gomes e Daniel Abrão.
Mesa: “Ser escritor em Mato Grosso do Sul”, com o Prof ºDrº Paulo Robson de Souza e a escritora Vera Tylde.
Local: Mezanino.
Prolerteen
2 de outubro – 9 horas
Oficina: Os poemas de Augusto dos Anjos no cinema e em HQ – Propõe-se uma análise da poesia de Augusto dos Anjos nas suas adaptações para a sétima e nona arte, ou seja, em suas versões apresentadas no cinema e na linguagem das histórias em quadrinhos. Serão interpretados o poema “A ilha de Cipango” em HQ de Samuel Casal e o curta metragem Transubstancial, de Torquato Joel. Semelhanças e diferenças entre o texto de Augusto dos Anjos e essas traduções intersemióticas serão discutidas. Ministrante: Júlio Xavier (UEMS), doutor em Literatura pela USP.
Local: E.E. Tereza de Noronha.
6 de outubro – 8 horas
Oficina: Jogos Vorazes – Análises e Aplicações – A série Jogos Vorazes, como é conhecida, é composta por três livros, que são: Jogos Vorazes (2010), Em chamas (2011) e A esperança (2011). Uma das grandes temáticas que envolve a trama é sobre opressão versus liberdade. A história é ambientada em uma época depois do fim da América do Norte, quando uma nova nação chamada Panem se ergue. Essa nação é composta por 12 distritos que são controlados pela Capital. Todo o poder está nas mãos da Capital, que retem todas as fontes de lucro e seus habitantes vivem em constante abundância, enquanto nos distritos a fome e a pobreza são constantes. Mas, afinal, o que a série tem a ver com a nossa realidade? O que podemos aprender com ela? Existem elementos ocultos que muitos leitores não conseguem perceber? Ministrantes: Taís Turaça (UEMS) / Wagner Assen (UEMS).
Local: E.E. Joaquim Murtinho.
7 de outubro – 8h às 12 horas
Oficina: Como nasce um livro / Conhecendo outras culturas por meio dos livros – O objetivo da primeira oficina é mostrar a extraordinária jornada de um livro, desde a ideia inicial até a estante do leitor. Fatos, mitos e curiosidades a partir da experiência da jovem escritora Karen Soarele. Outra questão que muitos jovem levantam: o que posso aprender com os livros? Na segunda Lucas Recalde, autor com dois livros publicados pela Amazon, vai contar as descobertas que fez de outras culturas a partir dos livros.
Local: IFMS.
8 de outubro – 14h às 17 horas
Oficina: O estímulo à leitura e como publicar seu livro – A partir de reflexões sobre a leitura no mundo atual pretende-se incentivar a leitura a partir de livros que fazem parte da realidade dos adolescentes e apresentar novas formas de literaturas. Leituras como ‘Harry Potter’ escrito pela britânica J.K. Rowling; ‘A Culpa é das Estrelas’ escrito por John Green; ‘O Hobbit’ do autor J.J. Tolkien ‘A Menina que roubava livros’ de Liesel Meminger, ‘Destrua este diário’ de Keri Smith. Além disso, a leitura pode ser estimulada a partir de quadrinhos, que estão em moda ultimamente. Uma sugestão é analisar a questão ideológica nas tiras da Mafalda. Mas, se o leitor quiser escrever um livro, quais os caminhos possíveis? Ministrantes: Lucas Recalde (UEMS) / Letícia Reis (UEMS) / Catarina Santos Capitulino (UEMS) / Ketlyn Kelly de Carvalho Ricardo (UEMS).
Local: IFMS.
Prolerzinho
6 de outubro – 14 horas
Oficina 1: Contação de Histórias – A oficina apresenta uma proposta de trabalho com o texto literário a partir de contação de histórias, focalizando procedimentos lúdicos. O recurso didático utilizado será a apresentação de diferentes textos com a preocupação de incentivar o contato do jovem leitor com o literário por meio de diferentes abordagens e traços específicos dos textos em discussão. Cabe ressaltar que um dos propósitos da oficina é apresentar, de forma lúdica, os textos em discussão e com isso instigar a formação de jovens leitores. Ministrantes: Prof. Dr. Danglei de Castro Pereira (UEMS) e Prof.ª Sandra Andrade – SEMED.
Local: E.M. Bernando Franco Baís.
7 de outubro – 14 horas
Oficina 2: Contação de Histórias e confecção de brinquedos no Labinter (UCDB) – Contação de histórias com recursos alternativos; Brincadeiras e histórias; Construção de brinquedos para contação de histórias. Público Alvo: Alunos da 3º ano da Escola Municipal Licurgo. Ministrante: Neli Porto Soares Betoni Escobar Naban.
Local: E.M. Licurgo de Oliveira Bastos.
8 de outubro – 14 horas
Oficina 3:“ O mágico de Oz”. Ministrante: Prisma Grupo de Teatro.
Local: E.M. Danda Nunes.
9 de outubro – 14 horas
Oficina 4: Contação de Histórias – A contadora de histórias trará a magia dos contos de forma performática. Ministrante: Profª Rose Borges – Contadora de Histórias.
Local: EE. Henrique Cirilo
Serviço
As inscrições para as atividades do 15º Encontro do Proler podem ser feitas na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim, que fica no Memorial da Cultura e da Cidadania, na avenida Fernando Correia da Costa, 559 – 2º andar. Serão disponibilizadas no máximo 30 vagas por oficina.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3316-9161 e 3316-9155 ou pelo e-mail [email protected] .
