08/09/2014 13h24 – Atualizado em 08/09/2014 13h24
Fonte: Uagro
Modal muito praticado por diversos países com tradição marítima, a cabotagem possui vantagens competitivas, principalmente se comparada a seu principal concorrente, o modal rodoviário. O frete pode ser de 20 a 30% mais barato que o transporte por rodovias. E o impacto ambiental é mínimo: de acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o modal rodoviário responde por 88% das emissões de CO2 no meio ambiente, contra 4% do modal aquaviário. Sem contar que a cabotagem oferece maior segurança aos produtos transportados, além da capacidade de levar todo tipo de carga em maior quantidade e por longas distâncias.
Apesar das vantagens, o modal enfrenta importantes barreiras para o seu desenvolvimento no Brasil. A principal delas é a legislação, que só permite cabotagem com navios de bandeira brasileira, porém a frota nacional é limitada e envelhecida. Outro gargalo citado por especialistas é a baixa prioridade no atendimento nos portos e as despesas com o serviço de praticagem, que chegam a representar até 40% dos custos.
Dados da ANTAq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) mostram que de 2002 a 2011 a cabotagem no Brasil cresceu 38,3%, tendo os combustíveis, o óleo mineral e a bauxita entre os principais produtos transportados. No agronegócio, o modal ainda é pouco utilizado, mas já começa a ganhar a preferência no transporte de arroz e produtos frigoríficos
A expectativa é que a cabotagem represente 29% de toda carga transportada no Brasil até 2025. É o que prevê o Plano Nacional de Logística do Governo Federal. Um número ainda pequeno se comparado com a movimentação por cabotagem da União Europeia, com 37% e a China, com 48%.
