13/09/2014 08h37 – Atualizado em 13/09/2014 08h37
Fonte: Portal 2016
A última edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em Londres 2012, ainda colhe os frutos em termos de negócios e desenvolvimento, e espera até 2020 um impacto econômico entre 28 e 41 bilhões de libras.
O dado foi apresentado por Kevin Ma, diretor de marketing da Câmara do Comércio e Indústria de Londres, na quinta-feira (11), durante o Seminário Internacional de Oportunidades Pós-Copa para o Distrito Federal, em Brasília. Além de apresentar os números e o impacto que os Jogos de 2012 tiveram na cidade e no País, Ma deu dicas de como aproveitar a atenção que o evento trará ao Rio de Janeiro e ao Brasil em 2016.
Depois de acompanhar de perto os Jogos de Londres, Ma aponta que o legado e o crescimento que os Jogos proporcionaram foram as principais heranças para o País.
“É uma oportunidade única. A regeneração física de Londres foi impressionante. Eu vivo em East London, onde fica o Parque Olímpico. Há 10 anos, não havia nada lá. Só os Jogos Olímpicos poderiam conseguir desenvolver tanto a área. É uma combinação de esportes com oportunidades de negócios. Se não fosse o evento, East London nunca teria conseguido o apoio ou os recursos para fazer o que fez”, afirmou Ma, em entrevista ao ‘Brasil 2016’.
Na área dos negócios, Kevin Ma fez questão de dizer que os Jogos Olímpicos trazem oportunidades não só para grandes empresas. De acordo com a experiência do britânico, as pequenas e médias empresas também podem lucrar e fazer parte do evento.
“O mais importante é entender que tudo tem um período para ocorrer. Meu papel em 2012 era falar com os grupos de empresários para ajudá-los a entender quando e quais oportunidades estariam disponíveis”, explicou Ma.
“As pequenas empresas precisam ser realistas. Elas não vão conseguir construir um estádio olímpico. Isso pode não soar bem, mas não deveria. A mensagem que elas precisam tirar disso é entender que esta é a realidade, mas que há um lugar para elas na cadeia de serviços que serão prestados”, disse.
Segundo Ma, as oportunidades não estão restritas e ligadas diretamente aos Jogos. “É preciso pensar além, saber onde você se situa. Por exemplo, onde as pessoas vão se encontrar, onde vão fazer festas? Há concentração de pessoas e inúmeras oportunidades nestes lugares também”, exemplificou o diretor de marketing.
Outro ponto abordado por Kevin Ma foi a importância de manter o fluxo de investimentos após a realização dos Jogos. “De um ponto de vista emocional, os Jogos são mais importantes, mas financeiramente, é o que vem depois. Começamos a trabalhar em 2006 e ainda estamos atuando. Por que não pegar um pouco dos recursos e destinar para depois dos Jogos? Sendo realista, para a cidade, isso é o mais importante”, analisou.
