23/02/2015 08h04 – Atualizado em 23/02/2015 08h04
Fonte: Estadão
Com 31 anos, duas Copas do Mundo no currículo e na terceira passagem pelo Santos, Robinho, o eterno Menino da Vila, ainda é capaz de bagunçar um jogo como fazia nos velhos tempos. Com dribles e gols, fez o velho Pacaembu reviver tardes históricas de goleada neste domingo na vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa.
A mandante da partida não pode jogar no Canindé pelos problemas de documentação do estádio. O clube ainda cedeu a maior cota de ingressos para o Santos e possibilitou à torcida alvinegra uma grande festa.
Robinho jogou sem marcação pelo lado esquerdo e a Portuguesa parecia fazer questão de deixá-lo livre. No primeiro lance, o camisa 7 deu toque de calcanhar. Na segunda participação, obrigou o seu marcador, Fabinho Capixaba, a fazer falta e levar o cartão amarelo. E na terceira chance, não vacilou e abriu o placar aos 17 minutos.
Antes de descrever a jogada é preciso elogiar a origem dele. O goleiro Vanderlei fez uma defesa e repôs a bola em jogo rapidamente. Além da esperteza, teve a precisão de acertar um passe de cerca de 40 metros até Robinho, que dominou, partiu para o gol, e como se driblasse cones, livrou-se dos defensores da Portuguesa para bater cruzado.
A torcida, então, já delirava com Robinho e a Portuguesa parecia gostar de proporcionar o espetáculo. Ninguém ao menos tentava cercar e evitar novos lances de perigo. Nem faltas a equipe tentou fazer. O Santos sequer buscava outras opções de jogo pela direita, com Geuvânio, ou acionar o centro-avante Ricardo Oliveira porque o camisa 7 tinha espaço e inspiração para criar.
O show de Robinho teve ainda mais dois atos antes do fim do intervalo. Em nova jogada individual, foi derrubado na área aos 33 minutos. Pênalti e chance para a torcida aproveitar o jogo parado e pegar os celulares para filmar com calma o novo gol do atacante.
Atordoada, a Portuguesa já rezava para vir o intervalo quando novamente o Rei das Pedaladas deixou os zagueiros para trás e cruzou para Cicinho completar de cabeça, sem goleiro e nem marcação.
Após o intervalo o jogo foi mais um treino. A Portuguesa teve uma expulsão e o Santos diminuiu o ritmo. O tempo foi passando com as longas trocas de passes e os vários gols perdidos. A festa da torcida ao poucos diminuiu e a única comoção dela foi para aplaudir de pé a substituição de Robinho. O gol da Portuguesa pouco importou na tarde deste domingo.
